Benzeno: alerta aos frentistas e à população

Bom dia, amigo leitor. Hoje vamos falar sobre um assunto que afeta milhares de trabalhadores eque não não damos conta na nossa pressa do dia a dia. Uma simples mudança de atitude pode fazer a diferença, preservando a saúde dos frentistas e da população em geral. Você já ouviu falar no benzeno? E nos danos que ele provoca à saúde?

A ideia de falar sobre esse assunto surgiu em uma simples conversa com o pessoal da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná, onde é feita uma campanha de conscientização sobre o tema. De pronto me atenderam em prestar informações para poder alertar a você, prezado leitor, sobre o risco da exposição a esse hidrocarboneto.

O benzeno é um líquido incolor, volátil e inflamável, cujo principal uso é na adição a gasolina, para aumentar a octanagem. Trabalhadores que atuam nas indústrias siderúrgicas, de petróleo, em petroquímicas, em laboratórios de análises químicas, além dos postos de gasolina e mecânicos de automóveis, estão mais expostos ao componente.

A principal forma de contaminação do organismo pelo benzeno é através do ar (pela respiração), mas também pode ser através da pele e pela ingestão. Os principais efeitos do produto no organismo se dividem em agudos e crônicos. Como efeito agudo, a inalação pode provocar irritação das mucosas oculares e respiratórias, sonolência, tonturas, cefaléia, náuseas, taquicardia, dificuldade respiratória, tremores, convulsões, edema pulmonar, perda da consciência e morte.

Dentre os efeitos crônicos, observam-se alterações hematológicas (hipoplasia, displasia e aplasia), alterações neuro-psicológicas e neurológicas (atenção, percepção, memória, habilidade motora, viso-espacial, viso-construtiva, função executiva, raciocínio lógico, linguagem, aprendizagem e humor), além de alterações cromossômicas (linfócitos e células da medula óssea).

Com o aumento crescente no número de veículos automotores (carros, motos, caminhões, ônibus) aumenta-se a exposição de frentistas aos efeitos do benzeno, pois a cada vez que vamos abastecer nossos veículos e não se respeitam as normas de segurança e colocamos em risco a saúde desses trabalhadores.

Por isso, a principal dica de saúde de hoje é ao abastecer seu veículo, respeite a saúde do frentista e jamais peça para completar o tanque do carro acima do limite da trava de segurança. Agindo assim, contribuirá para reduzir a exposição ao benzeno pelo frentista, a sua própria exposição e a de consumidores que frequentam o posto de gasolina em lojas de conveniência. Este simples ato ajuda a diminuir a contaminação do ambiente e evita desperdícios e danos ao automóvel. E a você, amigo frentista, fica o alerta de abastecer os veículos apenas até a trava de segurança dos tanques.