(Diário de Roma)

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A fita azul pendurada na porta, conforme antigo costume italiano, indica que nasceu um menino. Se nascesse uma menina, a fita seria rosa. Vida nova numa terra onde até poucos anos quase não havia bebês e crianças e a população era de gente com idade para ser avó.

Enquanto isso, no Brasil a população aumentava e aumentava. Hoje é vice-versa: a Europa se renova, se não na economia, ao menos na população. O governo italiano, assim como em outros países da Europa, ajuda com 200 euros mensais por filho, até a maioridade – o que, para Lula, seria uma espécie de “Bolsa Nenê”.

Já o Brasil do Real tem cada vez mais cinquentões e sessentões que, vida tranquila, procuram algo divertido pra preencher o tempo. Como 28 mulheres do interior de São Paulo (Assis, Botucatu e arredores), muitas avós, algumas viúvas, com quem conversamos no avião. Todas muito animadas para estudar italiano em Castelraimondo, cidadezinha no centro da Itália. Em vez da fita azul, vão curtir “Nel Blu Dipinto Di Blu” (Volare), o grande sucesso de Domenico Modugno.

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