Venha, Maju. A cidade é sua!

Nos últimos invernos, os curitibanos têm guardado certa desconfiança das Moças do Tempo. Um dia elas nos dizem que a Frente Fria saiu de Buenos Aires com destino a Curitiba. No outro, corrigem dizendo que aquela desnorteada Frente Fria portenha foi passar as férias de julho na Serra Gaúcha.

Lá se foi o tempo que a cidade era apenas lembrada quando se falava nos ônibus do Jaime Lerner e nas polaquinhas do Dalton Trevisan. Agora, para o resto do Brasil somos lembrados na ladainha da Moça do Tempo: “Máxima de 40 graus no Rio de Janeiro, mínima de 5 graus em Curitiba!”.

Do nascer ao pôr-do-sol, dia após dia, convivemos com as quatro estações. Além das estações-tubo que, no seu interior, têm uma temperatura à parte. Não importa a previsão do tempo. Com o pragmático comportamento herdado do imigrante, estamos preparados para o que der e vier. Se der sol, melhor. Saímos de casa com calça de veludo e retornamos com a bunda de fora. Isso a Moça do Tempo não sabe.

Por esses e outros descompassos da natureza, é que precisamos convidar a jornalista Maria Julia Coutinho para passar um fim de semana na capital mais fria do Brasil. Cobiçamos aquela voz macia só para os nossos ouvidos: “Máxima de 45 graus em Salvador, mínima de 5 graus em Curitiba!”. Imaginamos a Maria Julia saindo do Jornal Nacional para passar um fim de semana em Curitiba, com o texto decorado e na ponta da língua: “Máxima de 40 graus no Rio de Janeiro, mínima de 5 graus em Curitiba!”.

Venha, Maria Julia! Na bagagem, venha com o básico: um cachecol e a simpatia à flor da pele, os outros itens de sobrevivência no Polo Sul podem ser comprados aqui mesmo. De preferência na Casa Edith da Praça Generoso Marques.

Venha, Maju! Venha nos aquecer com o seu sorriso, para voltar com outro bordão: “Máxima de 40 graus no Rio de Janeiro, mínima de 5 graus em Curitiba, com neve e geada, sol e chuva, garoa e arco-íris, com surpreendente calor humano decorrer do período!”.