Espero encerrar a série “em alguma mesa do passado”, mas o assunto parece que não termina nunca: primeiro registrei que aquela mesa da churrascaria Bambu, do então guapo Luiz Fernando Suplicy de Lacerda Moscaleski, seria de 1962, conforme detalhe da capa da Tribuna do Paraná que aparece no bolso de Luiz Fernando, o “Mosca”.

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Atentos, os leitores observaram que, na Copa de 1962, no Chile, o Brasil não enfrentou o País de Gales. De fato, o País de Gales não foi à Copa do Chile, mas veio ao Brasil testar nossa seleção no Maracanã. Para que ninguém duvidasse de sua memória, Moscaleski, rápido no gatilho, no mesmo dia (terça-feira) não foi ao Google. Foi à Biblioteca Pública do Paraná e copiou a primeira página da Tribuna do Paraná do dia 14 de maio de 1962, segunda-feira, exatamente o exemplar da Tribuna que estava no bolso do paletó.

“Penúltimo teste do Brasil foi o mais eficiente: caiu o País de Gales (3 x 1)”, e a seleção canarinha jogou com o seguinte time: Gilmar; Jair Marinho; Mauro (Djalma Dias) e Nílton Santos; Zequinha e Zózimo; Garrincha; Mengálvio; Coutinho; Pelé e Pepe. Nos primeiros minutos da “etapa derradeira”, o ponteiro Pepe foi retirado do gramado, vítima de uma contusão, e o Brasil passou a jogar com dez “elementos”. Os “tentos” brasileiros foram “lavrados” por Garrincha, Coutinho e Pelé. Allchurch “anotou” pelo País de Gales.

Luiz Fernando provou, Ernani Buchmann também constatou: “É verdade que o Brasil jogou contra Gales na Copa de 1958, na Suécia. Também é verdade que jogou novamente com eles em 1962, um amistoso no Maracanã, antes da Copa do Chile, vencendo por 3 x 1 em 12 de maio. Jogou de novo em 1966, no mesmo Maracanã, ganhando outra vez por 3 x 1, a 14 de maio, durante os preparativos para a Copa de 1966”.

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E que fique aberta mais uma questão: o editor de esportes, em 1962, seria Albenir Amatuzzi, o mais celebrado criador de manchetes da Tribuna do Paraná?

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O bom do jornal é que no dia seguinte tem outro. E amanhã, portanto, tem mais: na edição da Tribuna do dia 28 de abril de 1962, está na primeira página uma manchete que ficou na biografia do governador Roberto Requião. Não perca a próxima edição.