“Cazzo”, traduzido do italiano para o português, tem vários sinônimos. Do jeito que o capitão Francesco Schettino do navio Costa Concórdia ouviu, aqui é impublicável. O mais apropriado para uma conversa de salão, digamos, seria “Caramba!”. Com uma exclamação e tudo. Assim, pois, diria um desolado atleticano para um coxa branca de nariz empinado:

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– Caramba! O que é que eu vou fazer com o Furacão em Ponta Grossa?

– Faça como eu, caramba! – responderia o coxa – Quando o Coritiba caiu em desgraça e foi obrigado a jogar em Joinville, conheci todas as “luzes vermelhas” de beira da estrada. Do limão fiz uma limonada, pois os restaurantes de Joinville são ótimos, começando pelo germânico Gute Kuche. Peça marreco recheado e leve para a família a imbatível canja de galinha caipira. Com esse manjar dos deuses a patroa perdoa todos os pecados cometidos em nome do Coritiba.

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Caramba! Mas o que é que um atleticano pode fazer em Ponta Grossa? Porque hoje é sexta-feira, ainda em tempo da torcida rubro negra agendar o fim de semana, nossos correspondentes em Ponta Grossa, Roque Sponholz e Hein Bowles, abrem o jogo:

– Choperia do Tito: a mais antiga de Ponta Grossa (1933) é frequentada por boêmios, músicos, intelectuais, escritores, artistas, esportistas e agora, quiçá, por atleticanos. Com uma serpentina de cobre de 30 metros de comprimento, chope melhor que o do Tito só na Alemanha.  Como acompanhamento, rollmops, azeitonas escuras, queijo provolone, lombo suíno, ovos cozidos e empadinhas do Otto.

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– Bar do Petrukio: além dos pastéis, o dono é uma atração à parte. Fica na rua Emílio de Menezes, a três quadras do campo do Operário.

 – O Botequim: cervejas de várias marcas, petiscos supimpas, telões, e de vez em quando música ao vivo. Na Rua XV de Novembro, no centro.

– Churrascaria Papai Cogo: a mais tradicional e a melhor da região, onde desde 1954 servem as carnes em espetos fixos na pedra. Encontra-se no Cogo o “Churrasco D.O.C (Denominação de Origem Controlada)” de Ponta Grossa. A verdadeira “alcatra na pedra” é uma alcatra gigante, a “sobrecoxa” do boi, integral, cortada transversalmente, sem que dela se retire qualquer parte, como a picanha ou a maminha.

– Restaurante La Gondola: BB (bom e barato), na Comendador Miró. Mikulis, o proprietário, foi presidente do Operário.

– La Taverne: massas no capricho, sob o comando do Paulinho. Rua 7 de setembro, no centro.

– La Nonna: entrando em Ponta Grossa, antes de chegar ao Estádio Germano Krüger. É um restaurante simples, que serve comida italiana caseira.  

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Mesmo assim, se a torcida atleticana não gostar de Ponta Grossa, resta aos descontentes desabafar com o Petraglia:

– Torna a bordo, pazzo!

Mas não perguntem para “il capitano” Mário Celso Schettino Petraglia qual a diferença entre “pazzo” e “cazzo”.