Como não podia deixar de ser, surgiu uma coleção de piadas sobre Barack Obama e um belíssimo escândalo raspou no futuro inquilino da Casa Branca. Embora, diga-se, o homem mais poderoso do mundo não tenha qualquer culpa nessa falcatrua política, Barack devia mais era ter ficado bem quietinho na sua redoma.

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O escândalo, segundo as folhas: Barack Obama negou que tivesse algum contato com o governador do Estado de Illinois, Rod Blagojevich, preso junto com o chefe de gabinete John Harris sob a acusação de ter negociado uma vaga no Senado.
“Não tinha contato com o governador, nem com o chefe de gabinete (John Harris) e não sabia o que estava acontecendo. Como o restante do povo de Illinois, estou triste e surpreendido com a notícia desse tipo de negociação.” Afirmou ainda o próximo presidente: “Não é o momento apropriado para discutir sobre o tema. Vamos aguardas as investigações para fazer
algum pronunciamento”.

Para entender a falcatrua, a procuradoria de Illinois acusou Rod Blagojevich e seu chefe de gabinete de conspirarem para obter benefícios pessoais em troca da indicação para o substituto de Barack Obama no Senado americano. Por outro lado, o promotor federal Patrick J. Fitzgerald defendeu o presidente e descartou a possibilidade de Obama estar envolvido no esquema de corrupção. De acordo com Fitzgerald, o governador negociava o cargo com dois possíveis candidatos, que não são nomeados, dispostos a pagar entre US$ 500 mil e US$ 1 milhão por uma vaga no Senado.

Desse episódio, três lições. A primeira para o Barack Obama: em boca fechada não entra mosquito. Se não tem culpa no cartório de Illinois, por que diabos o Barack tem que se meter nessa encrenca?

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A segunda, para nós brasileiros: precisamos perder nosso complexo de “vira-lata”, diagnosticado por Nelson Rodrigues. Governador que negocia o cargo de senador por um milhão de dólares é um político amador. Modéstia à parte, aqui no Brasil um suplente de senador vale, no mínimo, dois milhões de dólares.

Nesse aspecto, nossa legislação eleitoral é muito mais avançada: além de vice-senador, essa figura decorativa é sempre negociada nas altas esferas do mundo empresarial, envolvendo muitas cifras de recursos não contabilizados.

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A terceira lição, para nós paranaenses: meia-dúzia de gatos pingados prestam atenção no palavrório de Roberto Requião neste congresso mundial para acabar com crise. Essa tertúlia é tão importante, mas tão importante, que se o Barack estivesse em Curitiba, o hóspede do Cangüiri, ficaria bem longe do governador de Illinois.

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Além das piadinhas envolvendo o Lula (Bavária Oubrahma!), o Barack está sentindo na pele o veneno dos humoristas canalhas dos Estados Unidos. Um deles diz que o governo acaba no dia em que o presidente for flagrado vendendo crack no portão do número 1600 da Avenida Pensilvânia. Porque perguntar não ofende, os engraçadinhos indagam:

Pergunta: Por que é que Obama não divulga sua certidão de nascimento?
Resposta: Ele ainda está decidindo quais de seus nomes ele coloca no documento (Barack Barry Hussein Obama Soetero).
Pergunta: Por que é que Obama não divulga sua certidão de nascimento?
Resposta: Porque Hillary Clinton só entrega quando for nomeada.
Pergunta: Por que é que o senador Edward Kennedy votou em Obama?
Resposta: Tumor cerebral.
Pergunta: Por que é que Jimmy Carter votou em Obama?
Resposta: Para não passar para a história como o pior presidente americano de todos os tempos.

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Na fila para entrar no céu, São Pedro checava aqueles que mereciam entrar. Ele pergunta para o próximo:
– E você? O que andou fazendo pelo mundo?
– Eu sou Barack Obama e fui o primeiro negro a ser eleito presidente dos Estados Unidos!
– Nos Estados Unidos?! Um presidente negro?! Com todo respeito, você está me gozando!!! Quando isso aconteceu?!?!?!
– Uns vinte minutos atrás.