Quando falam as rosas

22 de maio foi o dia de Santa Rita de Cássia e de glória dos floristas de Barcelona, que venderam rosas como no Brasil só acontece no Dia das Mães, ou dos Namorados. Vermelhas na maioria, mas também cor-de-rosa e amarelas, reunidas em papel alumínio para formar singelos buquês, as rosas dominaram as barraquinhas montadas no átrio da igreja de Sant Agustì, no Raval.

É antiga tradição na capital da Catalunya: 22 de maio é dia de fazer pedidos impossíveis a Santa Rita ou agradecer conquistas muito difíceis. Em especial, favores de amor. Desde cedo – em Barcelona, entenda-se às 10 da manhã – a fila com absoluta predominância de mulheres obrigou a polícia a fechar temporariamente o tráfego no começo do Carrer de l’Hospital.

A “cola” era para a capela de Santa Rita, dentro da igreja. Ali as rosas são abençoadas, muitos tiram uma do buquê para a santa e as outras são levadas para casa, secas, esfareladas e guardadas até que venha um novo ano, com outro dia de Santa Rita e, quem sabe, graças impossíveis alcançadas.