Praia dos Campos Gerais

Acompanhado do Jaguara, o Animador de Velório dos Campos Gerais, sábado passado pintei uma aquarela da Ponte do Rio dos Papagaios, pano de fundo do belíssimo parque aquático natural junto às coxilhas.

Também conhecida como a Ponte de D. Pedro II e construída em 1876, é um monumento da engenharia nacional. Erguida em dois arcos de alvenaria de pedra na então chamada estrada do Mato Grosso (atual BR – 277), que liga Paranaguá a Foz do Iguaçu em direção a Palmeira, a ponte teve sua construção autorizada pelo Imperador. Custou à época cerca de 44 contos de réis e todas as pedras utilizadas na obra foram extraídas das pedreiras de grés dos Campos Gerais, de rochas homogêneas e resistentes, sem o emprego da pólvora – condição estipulada no contrato de construção.

Conforme o Livro do Tombo do Patrimônio Cultural, os blocos foram talhados conforme os desenhos ou projetos. Nenhuma pedra foi empregada sem ter sido antes examinada pelo engenheiro responsável. Na alvenaria de argamassa e na alvenaria seca só se admitiam pedras em forma de paralelepípedo que não exigissem calços cuja grossura excedesse 15 milímetros.

Segundo o Jaguara, a ponte de D. Pedro II faz parte do Balneário dos Rios dos Papagaios e Tamanduá. Com suas churrasqueiras e muita gente bonita, é a praia dos Campos Gerais. Em qualquer estação do ano, tendo o sol como testemunha, as águas límpidas do Segundo Planalto substituem com muito prazer as misérias públicas do Litoral.