Dentre as frases que marcaram os últimos momentos de grandes personagens, sete delas são memoráveis:
1. “Um último drink, por favor.” (Jack Daniel, destilador americano).

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2. “Deem-me café, eu quero escrever!” (Olavo Bilac, ao acordar no meio da madrugada, fervendo de febre).
3. “Críton, devemos um galo a Esculápio, não te esqueças de pagar esta dívida.” (Sócrates, honrando seus deveres até o último segundo de vida).

4. “Se algum dos senhores quiser mandar uma mensagem ao diabo, diga-me imediatamente, pois estou prestes a encontrá-lo.” (Lavinia Fisher, serial killer americana, antes de ser enforcada).

5. “Eu nunca devia ter trocado o uísque pelo martíni.” (Humphrey Bogart, ator americano).

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6. “Saio da vida para entrar na história.” (Getúlio Vargas, em sua carta de suicídio.

7. “Últimas palavras são para bobos que nunca disseram o suficiente.” (Karl Marx, filósofo e economista alemão).
Por último, e não menos importante nas atuais circunstâncias, o governador Beto Richa pode ficar marcado com uma frase que o desmerece na vida pública:

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– Pimenta nos olhos dos outros é refresco!

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Como já foi escrito aqui: poucos desarranjos no governo de Dilma Rousseff teriam acontecido se Luiz Inácio Lula da Silva tivesse acatado o conselho de Chico Buarque de Holanda. Em 2004, o companheiro compositor sugeriu que o então presidente Lula estaria precisando criar o “Ministério do Vai dar Merda!”. Pasta de um homem só, o ministério do mau cheiro teria a incumbência de ser acionado para avaliar todas as ações de governo, antes de serem adotadas. Chico Buarque não detalhou a proposta, mas às vésperas de cada decisão importante, quando os assessores sentissem algum odor estranho na caatinga, o ministro do “Vai dar Merda!” seria chamado ao gabinete presidencial.

Na origem do mau cheiro no Paraná, Chico Buarque seria um santo remédio para os distúrbios intestinais do governo Beto Richa. Na atual fedentina generalizada – com o gás de pimenta prejudicando a visão também do poder Judiciário -, ao invés de inalar as pestilências do seu entorno, o governador estaria enviando flores aos seus professores, e não recebendo nota zero por mau comportamento político. 

No malfadado dia em que o trêfego secretário de Segurança Fernando Francischini sugeriu o uso de um camburão da Polícia Militar para forçar a entrada da base aliada na Assembleia Legislativa – no episódio mais grotesco da história política do Paraná – e agora, no uso de gás pimenta e toda essa desproporcional força policial para garantir os votos de cocheira dos deputados, alguma alma caridosa deveria ter chamado Mauro Ricardo Costa, o secretário da Fazenda, para lembrar o óbvio ululante:

– Governador, não temos verba nem para o papel higiênico!