Tendo em vista os últimos acontecimentos, caso o Coritiba vença o Palmeiras de goleada, teremos de instituir o “Pernil de porco com Cheiro Verde” como sendo o sanduíche típico do Alto da Glória. Sanduíche D.O.C. (Denominação de Origem Controlada) com pernil de porco, queijo e cheiro verde. Verde que te quero verde e quem sabe até uma boa mostarda.

continua após a publicidade

Com a faixa no peito e o sanduíche na mão, o Coritiba Football Club terá obrigação de exigir que todos concessionários do Couto Pereira passem a servir o “Pernil de Porco com Cheiro Verde (D.O.C.)” aos torcedores, assim como antigamente era comum a venda de pinhões cozidos nos estádios do Paraná. Como diria Dalton Trevisan, que fim levou o japonês que vendia laranjas descascadas numa traquina giratória? Que fim levaram aquelas senhoras a vender cocadas, da preta e da branca? Que fim levou o piá do torradinho? E o homem do pastel, que fim levou?

Os bacanas da FIFA não sabem, mas um dos quesitos da Copa que mais encantaria os turistas estrangeiros seria a venda, além da cerveja, de algumas comidinhas típicas regionais. Em Minas Gerais, por exemplo, o “feijão tropeiro” é o carro-chefe no cardápio do Mineirão que agora está em reformas. O “tropeirão”, como é chamado, tem o clássico feijão com farinha, mais arroz, bife, torresmo e ovo. Nos estádios paulistas servem os tradicionais “espetinho de gato” e “bife no pão”. Os gaúchos fazem questão do churrasco até no futebol e, de sobremesa, biscoitos recheados. O Maracanã tem um cardápio variado: cachorro-quente, ovo de codorna (pode?), biscoito de polvilho e mate gelado.

Curitiba precisa valorizar o cardápio das comidinhas de futebol. Ou a galera da Copa vai ter que se contentar com o de sempre na Arena da Baixada: pastel, espetinho, pizza e sanduíche de pão com bolinho de carne.

continua após a publicidade

Uma decisão para ficar na história. Na próxima quarta-feira, se o Coxa abater o Porco, será preciso instituir para sempre o “pernil com verde” no Alto da Glória.