Os anões do futebol

Com todo o respeito aos irmãos Grimm, assim como a versão deles publicada entre os anos de 1812 e 1822, em breve a história dos Sete Anões deve ser recontada.

Como todos sabem, Branca de Neve e os Sete Anões é um conto originário da tradição oral alemã que tem guardado algumas diferenças entre as versões que se popularizaram antes e após a intervenção dos Grimm.

Na Argentina, por exemplo, em breve a Branca de Neve será lembrada como a rainha má Cristina Kirchner sendo velada num sarcófago da Casa Rosada, com os onze anões do selecionado argentino tentando ressuscitá-la aos beijos. Com Messi à frente.

Por sua vez, a presidente Dilma Rousseff que se cuide no segundo mandato – se novamente vier a ganhar de presente do ex-presidente Lula. Caso não se livre da Base Aliada que tanto se locupleta embaixo de sua saia, a presidente será conhecida no futuro como “a presidenta adormecida em palácio que morreu envenenada pelos 22 anões que mamavam em suas tetas: PT, PMDB, PC do B, PRB, PSB, PR, PTB, PV, PDT, PP, PDB, PT do B, PRTB, PRP, PMN, PHS, PTN, PSC, PTC, PSD, PSDC e PSL”.

Como o mundo descobriu perplexo, adormecido e roncando em berço esplêndido está o futebol brasileiro. Tendo como rainha mãe a CBF, a princesa que antes fazia brilhar os olhos de seus admiradores agora está definhando nas mãos dos sete anões que a embalam numa rede de conchavos, intrigas e compadrios.

Soneca, o anão preguiçoso, sempre dormindo de barriga cheia. Uns dizem que é presidente da Federação Baiana de Futebol – o que explicaria sua preguiça -, outros apostam que, com tanta malandragem, é um bicheiro com voto na Federação Carioca. 

Zangado, o assessor de imprensa, tá sempre de mal com a vida e com os jornalistas. Só fica alegre quando chega a vez dele ser escalado para as excursões ao exterior.

Feliz, sempre alegre e contente, é um bem-sucedido intermediário das negociatas que passam por baixo da saia da Bela Adormecida.

Dengoso, presidente da mais pobre Federação, está sempre chorando na boca do cofre. Comanda um time que mal tem onde cair morto na terceira divisão, mas em compensação canta de galo na Granja Comary.

Mestre é o mestre dos mestres na arte de abrir o cofre de dentro para fora. Mestre é o anão que levou o ex-ministro Delfim Neto a escrever que aquela instituição “se aproxima perigosamente de uma organização inescrupulosa cujo objetivo é explorar a honesta paixão do homem pelo futebol. Trata-se da última lavanderia que ainda resiste ao controle de qualquer fiscalização”. 

Atchim! – responde o anão quando é acusado de corrupção, ao fazer de conta que ninguém está se referindo a ele.

Dunga é o Dunga. E sem mais comentários!