O Clube Atlético Paranaense vai jogar hoje em Paranaguá, na estreia de mais um técnico para a sua longa lista de demitidos. Esperamos que o time tenha juízo e não faça muita marola na Ilha da Cotinga, pois se isso acontecer o lendário Pirata Bolorôt ressurgirá do fundo da baía de Paranaguá para amaldiçoar o Furacão.

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Corsário da melhor tradição corsária, o registro mais antigo do francês Carlos La Chené Bolorôt é do século XVIII. Em Honfleur, na França, de onde partiam as caravelas, ainda hoje é lembrada a lenda do Pirata Bolorôt que, traduzida do francês, é mais ou menos assim: “Há muito tempo atrás, quando os piratas singravam os mares, um barco pirata que percorria uma rota marítima teve problemas devido a um furacão furioso que o fustigava, tendo finalmente naufragado numa baía, ao bater contra um cachopo de rochedo que tem à flor d´água, na Ilha da Cotinga, nas proximidades de uma vila de pescadores conhecida hoje em dia por Paranaguá. Morreram todos os marujos, menos o capitão Carlos La Chené Bolorôt. Como o galeão transportava um tesouro muito valioso, e sem meios de prosseguir viagem, Bolorôt teve de esconder o tesouro numa gruta na Ilha da Cotinga. Para saber a localização exata da entrada da gruta, o pirata desenhou lá um galo. Depois partiu a pé, procurando arranjar um novo barco, para vir resgatar o seu tesouro. Mas o furacão aumentou e o mar, embravecido, acabou por tapar a entrada da gruta com areia e pedras”.

O furacão de 1718 (daí que 99% dos litorâneos são atleticanos) botou a pique o galeão, mas deixou vagando nas águas da Baía de Paranaguá a lenda do pirata e o furacão. Juram os pescadores (sem mentira nenhuma) que o Carlos La Chené Bolorôt continua até aos dias de hoje a guardar secretamente o seu precioso tesouro e atiça todos os seus demônios contra qualquer espécie de furacão. O Atlético que se cuide!

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