Não se fala de outra coisa na cidade. O beijo de cinema que o deputado Ângelo Vanhoni trocou com sua acompanhante, uma loira também cinematográfica.

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O despudorado ósculo não aconteceu no escurinho do cinema, foi na boca do palco, ou melhor dizendo, no proscênio do restaurante Bologna. Depois do vinho e do beijo, agora corre de boca em boca que a cena de paixão explícita foi uma manifestação de que o deputado petista é novamente candidatíssimo a prefeito de Curitiba. Não foi só o amor. Com a exposição pública da fúlvida donzela – dizem ainda as línguas invejosas – Vanhoni mandou um recado para outra loira, também companheira de partido.

– Gleisi Hoffmann: fúlvida por fúlvida, sou mais a minha loira!

O amor é lindo e desejar o gabinete do próximo prefeito não é pecado. O desejo do beijoqueiro só poderia ser considerado uma traição ao partido, caso o beijo fosse dado na face de Gleisi Hoffmann, considerada até o momento a noiva oficial do PT.

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Quem primeiro noticiou o beijo foi o jornalista Zé Beto, no seu concorrido blog: ?Era fim de noite de sábado passado quando os clientes de um dos restaurantes italianos mais caros e festejados de Curitiba foram ?brindados? com o espetáculo de um cinematográfico beijo do deputado federal Ângelo Vanhoni (PT) em sua bela acompanhante loira. Para alguns se tratava de paixão nova. Para outros, mais entendidos em política, tratava-se apenas de um treinamento do parlamentar petista para afiar a língua, exposta a quem quisesse ver, sem qualquer espécie de constrangimento.?

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Em outro blog, o advogado Rogério Distefano se revelou testemunha ocular do ósculo: ?Também estava no restaurante, e vi o chupão do deputado Vanhoni. Vi e aplaudi, inveja construtiva. Aquilo não era uma loira, era a quintessência da loira – aviso que enxergo muito mal. Não ia dar nada aqui, mas como Zé Beto comenta não vou deixar o concorrente (também não me enxergo) surfar sozinho. E depois, vamos e venhamos, foi uma performance, não um beijo, coisa para ser vista e comentada. Mal de família, essa sem-cerimônia de Ângelo. Freqüentei a família, conheci o pai, o velho Vidal, professor querido e figura carismática. Me deliciava com as histórias do PSD, o partido dele, do Governo Lupion. O velho Vidal não tinha cerimônia. Casamento no Curitibano, os noivos demorando, o jantar demorando. O velho Vidal com fome, o saco enchendo, se cansa, cruza o salão, vai ao centro do bufê, escolhe a maçã mais bonita do arranjo. Saca o canivete, daqueles presos ao chaveiro ao cinto. Descasca ali mesmo, encosta o estômago e volta para o lugar, na maior. E o irmão Vidalzinho, o mais velho? Outra figura, grandão como o pai, bonitão como o pai, vozeirão como o pai. Amigo-irmão na faculdade, um gênio, vadio e parnanguara. Pouco ia às aulas, só pensava na criação de galos-de-briga. Se o velho Vidal não se apertava, se o caçula Ângelo não se aperta até hoje, Vidalzinho levava o desaperto às últimas conseqüências. (…) Quem sai aos seus não regenera?.

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Construtiva ou não, causaram inveja os lábios daquela quintessência de loira que dividiu o carpaccio com Vanhoni. Houve até quem adaptasse uma piada de loira para as circunstâncias do restaurante italiano:

– Sabe quantas loiras são necessárias para abrir uma garrafa de vinho? Uma. Ela segura o saca-rolha e o mundo gira em volta dela!

Com tanto vinho, uma loira e um beijo, foi Ângelo quem viu o mundo girar em torno de si.