Nobel para Curitiba

Como se não bastasse ser a capital mais fria, Curitiba acaba de ser laureada como a Melhor Cidade do Brasil, segundo a Revista IstoÉ em parceria com a consultoria Austin Rating.

De posse deste certificado que em outras circunstâncias valeria tanto quanto uma nota de três reais e uma boa grana para certos picaretas da imprensa – e com certeza o prefeito Gustavo Fruet não pagou um tostão pelo diploma -, bem que Curitiba também poderia ganhar um Prêmio Nobel de qualquer coisa.

Premiados pelos suecos já fomos, com a fábrica da Volvo na Cidade Industrial de Curitiba. Nos falta agora o Nobel de Literatura, por exemplo, láurea que Dalton Trevisan está mais do que merecendo. Está necessitado de pelos menos um punhado de dólares para tapar as goteiras no casarão da Rua Ubaldino.

Dos outros cinco prêmios, modéstia à parte, qualquer outro Nobel fizemos por merecer. O Nobel de Física poderia ser dividido entre e a Comec e a Urbs, como reconhecimento pela proeza de quebrar com a Integração das linhas de transporte metropolitano. No campo da Física foi algo parecido como o milagre de retornar no tempo e no espaço.

O Nobel de Química poderia ir para as mãos de Henrique Vitamina Schmidlin, o historiador e montanhista que conseguiu a façanha de ser uma unanimidade curitibana. Pesquisadores que o conhecem ficam intrigados com a estranha química que constitui sua simpatia.

O Nobel de Medicina vai para a advogada Maria Elisa Ferraz Paciornik, a benemérita agregadora do Hospital de Clínicas. Sem ela, não seria um exagero dizer, o HC ficaria desprovido de sua ‘medula da generosidade‘.

Em Curitiba o Nobel da Paz tem dois endereços certos: Flora Madalosso e Júnior Durski, os gigantes que conseguem levar a paz aos curitibanos. Pelo menos enquanto estão nas mesas dos restaurantes Madalosso e Madero.

Com menção especial, o Nobel de Economia vai para o governador Beto Richa. Depois de quebrar o Estado em quatro anos, em quatro meses se regenera com a milagrosa multiplicação de impostos.