Paulo Vítola não é mais diretor-presidente da Rádio e TV Educativa (E-Paraná). Compositor, escritor e publicitário, agora vai se dedicar aos seus projetos pessoais. Entre eles algumas criações que estão encalhadas na gaveta e na memória, em função do seu precioso tempo dedicado a recuperar as emissoras públicas.  

continua após a publicidade

Além de amigos, o que você deixa na E-Paraná?

Vítola: Muitos projetos em andamento, que vão desde a recuperação do prédio que abriga a instituição até o equipamento necessário para que a TV faça a transição do sistema analógico para o digital e a Rádio passe a operar com um novo transmissor de 30 quilowatts, 3 vezes mais potente do que o atual. Um plano para instalar unidades de criação e produção de conteúdo multiplataforma nas diferentes regiões do estado. O anteprojeto de modernização administrativa que vai dotar a organização do formato institucional mais adequado para desempenhar sua missão básica. A ideia de transformar o Canal da Música em um Centro Cultural dedicado à música, com auditórios, cinema, discoteca pública, biblioteca, área para exposições e um ponto de encontro para reunir músicos e amantes de todos os gêneros musicais. Finalmente, o sonho de oferecer ao público uma programação diferenciada, pautada pela qualidade e destinada a contribuir para a formação do senso crítico de cada cidadão. Ah, já ia esquecendo: todas as contas aprovadas, sem restrição alguma, pelo Tribunal de Contas.

E o que você leva consigo?

continua após a publicidade

Vítola: A certeza de ter semeado essas propostas com tanta convicção que, um dia, todas elas vão se realizar. O desejo de contribuir sempre para que isso aconteça. A mais sincera admiração por todos os profissionais com que tive a honra de trabalhar desde janeiro de 2011. Um grande amor por essa instituição. Muita história para contar.  

– Além de um orçamento significativo, o que mais falta para a rádio e tevê estatal cumprir o seu papel?

continua após a publicidade

Vítola: Um formato institucional mais adequado para atender às especificidades deste papel. Mas, ainda neste governo, isso vai acontecer.

Livre da burocracia, você vai dar mais atenção ao poeta e compositor Paulinho Vítola?   

Vítola:  Sim, ainda tenho muita coisa a dizer como poeta e compositor. Muitos trabalhos inéditos para publicar. Algumas obras em elaboração para concluir.

Além das ideias na cabeça, alguns projetos embaixo do braço?

Vítola: Já estou me dedicando a criar e produzir conteúdo para diferentes meios de comunicação. Mas os grandes projetos vão ter que esperar um pouco ainda. Não tiro férias há muito tempo. Pretendo fazer isso agora.