Também conhecido como “Homem Pássaro”, o pintor Rogério Dias não sabe voar. Em compensação faz voar a nossa imaginação. Portanto, “Ave, Rogério” é o nome do livro que será lançado às 11 horas desse domingo no Solar do Rosário, junto à feirinha do Setor Histórico, com imagens e momentos marcantes de sua vida profissional. Dos tantos amigos voadores, um punhado deles fez as seguintes perguntas ao artista.

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Você se sente feliz, não por ter uma publicação do conjunto da obra, mas por ter, enfim, um painel representativo de seu trabalho, nesse livro que lhe deu muito trabalho? (Otávio Duarte, jornalista e escritor)

Rogério:O trabalho foi de uma equipe toda voltada para um bom resultado, conseguiram, estou feliz.

Como você consegue não ser repetitivo jamais? (Almir Feijó, publicitário)

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Rogério:  Como responderia Picasso? Eu procuro sempre me repetir, mas não consigo. Vou continuar tentando!

Tenho comigo um pedacinho de madeira que você encontrou, fez uns cortes e transformou num passarinho, ou a sugestão de um. Você continua fazendo esses “objets trouvés”? (Bia Wouk, artista plástica)

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Rogério Dias: Quando a vida nos devolve e envolve-nos com sua sabedoria, aquilo que fazemos, é arte.

Qual seriam as cores do doce pássaro da juventude? (Valério Fabris, jornalista)

Rogério Dias: Todas as cores impregnadas na tela pelo gênio de um grande ator, Paul Newmann.

Em Jacarezinho, seu pai fazia as melhores gaiolas da região. Foi daí que a passarinhada pousou na sua obra? (Maí Nascimento, jornalista)

Rogério: Ele não fazia para aprisionar pássaros, eram gaiolas feitas de talo de mamona, bem pequenas, mimos que dava para minha mãe. Mas por diversão fazia umas arapucas que nós dois usávamos para soltar alguma ave que nela caísse. Era nossa brincadeira.

Você foi cenógrafo, artista gráfico, pintou e bordou. Fora tudo isso, o que mais gostaria de fazer? (Fernando Alexandre, escritor)

Resposta: “Tenho em mente a eterna busca do disfarce.” Que pensamento fantástico… vou escrever!