(Diário de Roma)

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Nas cantinas de Roma, quando nos perguntam se queremos “acqua gassata o naturale”, podemos aceitar água natural, sem nenhuma paura. Mesmo que o garçom saia para encher a garrafa na bica d’água do outro lado da rua. Para os romanos, a água potável que jorra das fontes é um motivo de orgulho. Para os turistas, uma dádiva dos deuses. Ninguém precisa andar nas ruas carregando água mineral na bolsa e, naturalmente de graça, a água da bica não faz mal para o bolso. Existem 2.500 fontes espalhadas nas ruas. Em cada ponto turístico, praticamente, é possível encontrar uma dessas fontes de água potável. São os populares “nasoni”. Os “narigões” que jorram a água fresquinha do reservatório Peschiera, conduzida por um aqueduto subterrâneo de 130 km até as vias do centro histórico.

Na antiguidade, a maior parte da água era canalizada por tubulações de chumbo. O que levou muitos estudiosos a suspeitar que a infertilidade dos romanos, causada pelo envenenamento da água pelo chumbo, contribuiu para a queda do império. Os romanos, entretanto, sabiam que a água conduzida por tubos de terracota era mais saudável e tinha um gosto mais compatível com o do vinho que jorrava das cantinas.

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