Londrina, segundo Curitiba

Londrina se autoproclama a “Megalópole do Interior Brasileiro”, segunda maior cidade do Paraná, terceira ou quarta do sul do país (a cada dia que passa ela perde moradores) e das mais importantes da América Latina. Se considera a capital do interior. Em Londrina o prefeito é da cidade e o governador é de São Paulo. Se arrogam os eleitores mais politizados do Brasil, mas no entanto só elegem “monstros”. No que também imitam os paulistas, notórios criadores de monstrengos políticos. Na cabeça dos londrinenses a cidade possui o maior shopping e o maior lago urbano das Américas. Isso é um verdadeiro absurdo, já que todo londrinense sabe que tem o maior shopping e o maior lago urbano do Hemisfério Sul do planeta! Daí que Londrina tem o maior estádio particular do Brasil: o Morumbi, do São Paulo Futebol Clube! Assim como possui a maior torcida do mundo e agora o maior estádio do mundo: o Itaquerão, do Sport Club Corinthians Paulista. É uma cidade cosmopolita, fundada por um aventureiro chamado Antônio Belinatti e colonizada por ingleses exilados naquela selva, nativos indígenas, japoneses, paulistas, mineiros e outras etnias. O Pé Vermelho, ser mítico da região, acha que é inglês; os telefones públicos (orelhões) são cabines vermelhas de madeira, assim como em Londres. Os moradores acham que a capital do estado do Paraná deveria ser Londrina e não Curitiba, devido ao porte e importância da megalópole. Acham que o Lago Igapó é praia, se orgulham de ter as duas maiores favelas da América Latina (Bratac e Santa Fé) e de possuírem o maior e melhor festival de teatro do Brasil. A vida cultural da cidade gira em torno do shopping Catuaí, onde 54% da população gasta suas tardes de sábado andando sem rumo e sem saber ao certo o que está fazendo naquelas cavernas de consumo. Na verdade, Londrina não fica no Paraná e sim no Sul de São Paulo, com quem mantém laços políticos e culturais muito mais fortes. Entretanto, os mapas escolares estão desatualizados, já que a cidade não tem verbas para financiar a troca de todos os mapas da maior rede escolar do mundo ocidental e oriental.