Livrai-nos dos nós, amém!

Às vésperas do Dia de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, a cidade faz o seu exercício de fé orando por Nossa Senhora Desatadora dos Nós. Metade pedindo ajuda, metade agradecendo à virgem libertadora das amarras.

Nossa Senhora Desatadora dos Nós surgiu em 1700, numa pintura do alemão Johann Schmidtner que hoje se encontra na capela de St. Peter amPerlach, em Augsburgo, na Alemanha. Na concepção do artista, o Espírito Santo derrama suas luzes sobre a Virgem, enquanto um dos anjos entrega a Maria uma fita com nós grandes e pequenos, separados e juntos, apertados e frouxos, que simboliza a nossa culpa original. Outro anjo recebe das mãos de Maria a fita que cai livremente com os nós desfeitos. Significa uma vida mergulhada em Deus e na sua misericórdia e o poder libertador das mãos de Maria.

Todos estão sujeitos aos nós cegos da vida. Porém, aos olhos da Virgem, as urdiduras atam e desatam conforme a perseverança de cada um dos seus filhos para alcançar o desenlace. Em Curitiba, na mão direita da Virgem podemos ver dois nós sendo desfeitos.

Por obra e graça de alguns anjos iluminados do serviço público, o jornalista Celso Nascimento anunciou a boa nova de que mais um nó do metrô de Curitiba foi desatado e o novo edital para o início das obras sai até o final do ano.

Como todos os lunáticos têm o seu anjo da guarda, um deles iluminou os passos do presidente Mário Celso Petraglia e os torcedores do Clube Atlético Paranaense estão vendo, milagrosamente, o time desatar os nós das canelas. Isto somado a outro grande milagre, o desatar do emaranhado de laçadas que faziam da Arena da Baixada a praça dos desesperados.  

Enquanto isso, na mão esquerda da Virgem, os anjos entregam a Maria uma fita com nós grandes e pequenos, separados e juntos, apertados e frouxos, que hoje são as amarras que fazem o Coritiba, do Alto da Glória, descer suavemente ao fundo do poço.

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Aos favorecidos ou necessitados, a oração de Nossa Senhora Desatadora dos Nós:Virgem Maria, Mãe do belo amor, / Mãe que jamais deixa de vir / em socorro a um filho aflito, /
Mãe cujas mãos não param nunca / de servir seus amados filhos, / pois são movidas pelo amor divino / e a imensa misericórdia / que existem em teu coração, / volta o teu olhar compassivo sobre mim / e vê o emaranhado de nós / que há em minha vida.