Professor Doutor Bazinga é historiador e sociólogo. Colega de turma do senador Roberto Requião (quando ajudou o senador a pintar o cavalo do comandante do CPOR de cor-de-rosa), formado em Antonina pela Universidade Federal da Ponta da Pita, fez pós-graduação em Porto de Cima e doutorado no Centro de Estudos Avançados do Mosquitinho, onde sua tese sobre a origem dos apelidos de Paranaguá lhe rendeu nota máxima, com louvor.

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Depois do jornalista Luiz Geraldo Mazza, podemos afirmar com absoluta segurança que o Professor Doutor Bazinga é o maior conhecedor das falcatruas do Paraná, começando pelo berço da história paranaense que é o Porto de Paranaguá. Pouco conhecido do grande público paranaense, porém justamente cultuado nas principais universidades do mundo (numa prova de que o Paraná não sabe degustar seus mais finos biscoitos), o mais surpreendente no currículo deste intelectual é o fato de ser dele a autoria de inúmeras frases já consagradas como de autoria anônima. O Professor Doutor Bazinga costuma abrir suas aulas e palestras com a seguinte máxima:

– Hei de vencer. Mesmo sendo professor!

De sua lavra, eis alguns outros aforismos do modestíssimo intelectual:

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– O último a sair rouba a luz.

– Não importa o tamanho da crise, na falta de dentes o brasileiro sempre mostrará as gengivas.

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– Assim tropeça a humanidade.

– Quem quiser ficar mal informado, converse com um jornalista.

– Deus não está morto. Está vivo e trabalhando num projeto menos ambicioso.

Para nos conceder uma rápida entrevista acerca da condenação de José Dirceu e seus cupinchas, fomos achar o Professor Doutor Bazinga tarrafeando na Ilha das Peças, onde tem residência fixa.

Professor, não lhe parecem um tanto exagerados os dez anos e dez meses de prisão para Zé Dirceu?
Poderia ser bem pior, caso fosse condenado a dividir uma cela com o Marcos Valério. Dez anos e dez meses ouvindo o careca se queixar do Lula não deve ser nada agradável.

Qual seria a prisão mais adequada ao Zé Dirceu?
Catanduvas. No interior do Paraná ele vai se sentir em casa, como se voltasse aos bons tempos de Cruzeiro do Oeste.

Em suma, o que nos ensina o histórico julgamento?
Desde que organizado, o crime compensa. Comparados às velhas raposas da direita, os Mensaleiros de esquerda têm muito o que aprender na cadeia.