Leitura para gregos e troianos

Porque hoje é sábado, o Dia da Criação, veremos nascer uma revista com o espírito de um poeta, Vinícius de Morais, e o nome de uma poetisa: Helena Kolody. Conforme o convite do editor Ernani Buchmann, “Helena vai entrar na sua vida” hoje, a partir das 10h30, no Museu Oscar Niemeyer, acompanhada de trinta padrinhos de boa escrita para tratar da influência grega no Paraná – e, é claro, passando ao largo das “ruínas do euro” na Grécia atual.

Cada número terá um tema principal e serão convidados novos colaboradores. Nesta edição, como um dos colaboradores, eu levanto a poeira da lanchonete Acrópole, um dos templos do que conhecemos como o “paraíso dos gastrônomos de caixa-baixa”. Na arqueologia curitibana, a lanchonete Acrópole tem um destacado lugar no nosso Museu das Saudades. Inaugurada no ínicio do século passado, a Acrópole da Rua XV de Novembro foi a primeira “casa restauradora” (para se usar um termo da origem dos restaurantes) do centro de Curitiba a oferecer ao distinto público lanches rápidos e, uma das maravilhas do mundo, sorvetes de creme, baunilha, nata, chocolate e frutas da estação. Para saborear os gelados do italiano Bruno Birindelli, recém-chegado de Lucca, a fila passava pelas portas do cinema e só fez aumentar quando Birindelli anunciou aos aos fãs da pipoca outras de suas maravilhas: banana split, milk shake, sundae e a vaca preta. O item de resistência da casa eram as fatias borrachudas de pizza, com o queijo escorrendo pelas bordas, insopitavelmente guarnecidas com um copo longo de vitamina de leite e frutas. Esta dupla de peso fez por humilhar o até então poderoso Prato Feito (PF).   

O resto da história que, como diria o poeta Paulinho Vítola, “são coisas que só Curitiba enruste”, está nas páginas da “Helena”, publicação trimestral da Secretaria de Cultura distribuída gratuitamente para bibliotecas públicas do Paraná, além de espaços culturais públicos e privados. A revista de leitura para gregos e troianos também estará disponível nos sites www.cultura.pr.gov.br, www.issuu.com/revistahelena e www.facebook.com/revistahelena. Também terá versão para tablets a partir de junho.