Porque amanhã é sábado, os amigos do Passeio Público vão se encontrar Lá no Pasquale para trocar novas figurinhas de como ocupar e revitalizar o primeiro e mais amado parque de Curitiba.

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“Lá no Pasquale?” – pergunta quem chegou agora. “Sim, o bar do Pasquale” – responde quem chegou antes.

Para contar melhor a história do Pasquale, ninguém melhor que a historiadora Maria do Carmo Marcondes Brandão Rolim. “Gosto, prazer e sociabilidade – bares e restaurantes de Curitiba, 1950/60” é o nome da tese apresentada por Maria do Carmo ao departamento de História da UFPR, sob a orientação do ex-reitor Carlos Antunes.

Dentre os bares e restaurantes que proporcionavam gosto e prazer na Curitiba dos meados do século passado, o Lá na Pasquale tinha endereço privilegiado, conta a saborosa pesquisa da professora:

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“Em março de 1957, João de Pasquale resolveu criar, dentro do Passeio Público de Curitiba, um espaço para as pessoas se encontrarem e degustarem algumas especiarias. Surgiu o Lá no Pasquale, que se tornou famoso com a ajuda de jornalistas, radialistas e estudantes. No início, o Lá no Pasquale demorou para ganhar clientela, pois muitas vezes ele era confundido com a boate Tropical, instalada ao lado do Pasquale. A boate não tinha nada a ver com o bar, que nunca ficava aberto até tarde, mas não foi muito fácil fazer essa desvinculação. No final dos anos sessenta e decorrer dos setenta, o Pasquale teve sucesso”. (…)

“Jornalistas e radialistas encarregavam-se de divulgar os eventos culturais promovidos pela Fundação Cultural de Curitiba no espaço do Pasquale, nos finais de tarde e nos sábados pela manhã. Pronto! A notoriedade do Pasquale estava garantida! Era, sem dúvida, um bar-restaurante da moda! João de Pasquale, uma figura muito bem relacionada em Curitiba, sempre soube administrar o seu lado carismático no trato com as pessoas, e junto com sua esposa, Dona Isaura, incansável na cozinha, e seus filhos, que sempre participaram de tudo, fizeram do Pasquale um local aconchegante”. (…)

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“O cardápio do Pasquale era bastante variado, indo dos acepipes como a linguiça calabresa servida no palito, aos pratos mais elaborados como o barreado, a feijoada, o churrasco de grelha, os peixes e camarões e frangos feitos das mais diferentes maneiras. Alguns aperitivos inventados por Dona Isaura marcaram, como é o caso do mini pastel, o pastel à milanesa, a casquinha de siri com leite de coco, o bolinho de arroz”. (…)