A lenda de Julio Iglesias no Gato Preto é a mais pura verdade! O repórter Sandro Moser entrevistou Julio Iglesias para o Caderno G da, “Gazeta do Povo”, e o cantante espanhol enfim confessou que deu uma canja (de galinha) no último reduto da boemia curitibana:

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– Cantei, cantei e cantei! Me lembro perfeitamente, como se fosse ontem. Caminhei até lá, entrei no local e cantei algumas músicas com o pianista que estava tocando por lá! – reconheceu Iglesias.

Depois dessa surpreendente revelação, agora só falta uma anciã de quase 100 anos fugir do asilo com o firme propósito de ser entrevistada pelo jornalista Sandro Moser: “Caro repórter, eu sou a Loura Fantasma. Depois que virei lenda, resolvi imitar a Greta Garbo e me retirar para o anonimato. Eu fui amante de Julio Iglesias, sua paixão citada na entrevista!”.  

Segundo Iglesias revelou para Moser, Curitiba é uma cidade muito especial por um motivo também especial: “Tenho um carinho muito grande por Curitiba. Por muitas razões. Em especial, porque tive aí um grande amor, que eu adorava. Imagino que ela ainda viva na cidade”.

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A lenda (que agora não é mais lenda) do Gato Preto surgiu no balcão do bar Ao Distinto Cavalheiro, quando o advogado Eroulths Cortiano Júnior, atualmente secretário geral da OAB do Paraná, veio nos dizer em primeira mão o incrível acontecido. Tão inacreditável que o sargento da Polícia Militar, chamado para a ocorrência, não gostava de contar porque ninguém acreditava nele.

Conforme Iglesias declarou a Sandro Moser, o amável e bem-humorado cantor se diverte com o fato de que seu passeio noturno pela Rua Cruz Machado tenha virado lenda. Não se lembra de mais detalhes – como ter cantado “Begin the Beguine” – mas acha que sua inusitada performance pode ter ocorrido em 1998.

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A memória do cantante espanhol anda um tanto curta. Além de não lembrar detalhes do entrevero que causou no Gato Preto, a canja não aconteceu no século passado. Minha crônica contando os detalhes desta história foi publicada pela primeira vez aqui nesta “Tribuna do Paraná”.

Como escrevi na época, a história teria acontecido em 6 de março de 2008 – quando a Polícia Militar foi chamada no Hotel Bourbon para tentar localizar um cantor perdido na noite – um dia antes de Iglesias se apresentar no Clube Curitibano. 

Depois de suas últimas apresentações no Teatro Guaíra (1º e 8 de outubro), para saber os detalhes dessa história que Júlio Iglesias não contou, aguarde o meu próximo livro. “O Diabo Ataca no Varejo”, coletânea de crônicas publicadas na “Gazeta do Povo” e aqui na “Tribuna do Paraná” que está no prelo, vai sair pela Editora Esplendor (em coedição com a Editora da Unisul) e será lançado no dia 18 de novembro, terça-feira, das 17 às 22 horas, no Bar Stuart – a pouquíssimas quadras do Gato Preto.