Em função da proximidade com o Natal, a FIFA realizou no Japão uma reunião para dar ao Mundial de Clubes o nome de “Taça Menino Jesus”. Nada mais justo, considerando que a torcida do Nazareno é a maior do mundo. Em tempo de festas, depois de muito champanha, os delegados da FIFA reunidos em Yokohama já estavam chamando Jesus de Genésio quando alguns mais alterados insistiam que Jesus tinha nascido em seus respectivos países. E indicavam as seguintes provas e argumentos:

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Jesus turco: assumiu os negócios do pai, viveu em casa até os 33 anos, tinha certeza de que a mãe era uma santa e a mãe tinha certeza de que ele era Deus.

Jesus irlandês: nunca foi casado, nunca teve emprego fixo e o último pedido dele foi uma bebida.

Jesus italiano: falava com as mãos, tomava vinho em todas as refeições e trabalhou no comércio.

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Jesus francês: nunca trocava de roupa, não lavava os pés e não falava inglês.

Jesus espanhol: furioso com os vendilhões do templo, abordava qualquer Madalena e era fanático pelos Reis Magos.

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Jesus paraguaio: simplesmente porque até hoje desconfiam que o Santo Sudário é falso.

Jesus alemão: o que falava pouquíssimos entendiam, tinha olhos azuis e sempre foi vaiado pelos italianos de Roma.

Jesus americano: era o rei dos reis, marchava até sobre as águas e, quando multiplicou os pães, inventou o xerox.

Jesus português: podia ter nascido numa ilha paradisíaca, mas escolheu um deserto, bebeu fel achando que era vinho branco e aceitou Judas pra sócio.

Os poucos brasileiros presentes não tinham a menor dúvida e defendiam que Jesus era brasileiro: ele nunca tinha dinheiro, vivia fazendo milagres e se ferrou na mão do governo.

Mas quanto ao Estado em que Ele nasceu, houve controvérsias.

Jesus gaúcho: aquele cabelão era muito usado na fronteira, sempre tinha razão, falava grosso e usava um poncho.

Jesus catarina: nasceu na terra santa, vivia pescando de tarrafa com os amigos e era “a coisa mais querida, viste?”

Jesus mineiro: porque morreu antes da posse, uai!

Jesus paulista: botou todos os apóstolos no primeiro escalão da igreja, era podre de rico em ouro, mirra e incenso e construiu um “igrejão”. Além do que, a exemplo do Lula, em São Paulo qualquer um pode virar Messias.

Jesus baiano: não pegava no batente, só vestia mortalha e quando nasceu fizeram um carnaval que dura até hoje.

Finalmente, o resultado do jogo fez com que todos chegassem à conclusão unânime, insofismável e evidente: o goleiro Cassio deve ser canonizado e, até prova em contrário, Jesus é corintiano!