Isto é um assalto!

Indiscutível, a questão da criminalidade no Brasil é preocupante e urgem providências, do Oiapoque ao Chuí. A ação da bandidagem é a mesma, variando na abordagem, conforme veremos a seguir:

Assaltante nordestino: “Ei, bichim, isso é um assalto! Arriba os braços e num se bula nem se caquei nem faça munganga! Arrebola o dinheiro no mato e não faça pantim se não enfio a peixeira no teu bucho e boto teu fato pra fora! Perdão meu padim Ciço, mas é que eu tô com uma fome da mulesta!”.

Assaltante mineiro: “Ô sô, prestenção! Isso é um assarto, uai! Levanta os braço e fica quietin quesse trem na minha mão tá cheio de bala! Mió passá logo os trocados que eu num tô bão hoje. Vai andando, uai ! Tá esperando o que, uai”.

Assaltante gaúcho: “Bah, isso é um assalto! Levantas os braços e te aquieta, tchê! Não tentes nada e cuidado que esse facão corta uma barbaridade, tchê! Passa as pilas pra cá!. E te manda a la cria, se não o quarenta e quatro fala”

Assaltante Catarina: “Lhó, lhó, coisa mais querida! Isso é um assalto, viste? Se o querido não tá disposto a se arrombar todo, passa o dindim aqui pro mané, ôôô!! Ô estepô, depois te arranca, viste?”

Assaltante carioca: “Seguiiiinnte, bicho! Tu te estrepou. Isso é um assalto! Passa a grana e levanta os braços rapá … Não fica de bobeira que eu atiro bem pra dedéu! Vai andando e se olhar pra trás vira presunto!”.

Assaltante baiano: “Ô meu rei… (longa pausa) Isso é um assalto…. (longa pausa) Levanta os braços, mas não se avexe não… (longa pausa). Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar cansado… Vai passando a grana, bem devagarinho… (longa pausa). Num repara se o berro está sem bala, mas é pra não ficar muito pesado… Não esquenta, meu irmãozinho (longa pausa). Vou deixar teus documentos na encruzilhada!”.

Assaltante paulista: “Ôrra, meu! Isso é um assalto, meu! Alevanta os braços, meu! Passa a grana logo, meu! Mais rápido, meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta pa comprar o ingresso do jogo do Curintia, meu! Pô, se manda, meu!”.

Assaltante de Brasília: “Povo brasileiro: para equilibrar o orça,ento da nação, aumentaremos as seguintes tarifas públicas: energia, água, esgoto, gás, passagens aéreas e terrestres, IPTU, IPVA, licenciamento de veículos, seguro obrigatório, gasolina, álcool, imposto de renda, IPI, ICMS, PIS, COFINS e ainda temos como quase certo um novo imposto para custear e melhorar ainda mais a Saúde Pública. Em substituição a antigo CPMF, teremos o CSS (Contribuição Social para a Saúde).