Poucos e bons curitibanos conhecem os poderes de Dona Flô da Sapolândia, nome cuja origem ela mesma faz questão de explicar: “Na verdade, meu nome é Petúnia. Mas uns me chamavam de Margarida, outros de Rosa, de tudo quanto é nome de flor. Na dúvida, passaram a me chamar de Flô”. Sapolândia é fácil explicar: ela era porta-bandeira da saudosa Escola de Samba Acadêmicos da Sapolândia. E assim ficou: Dona Flô da Sapolândia, a benzedeira, vidente e astróloga que está enxergando na sua bola de cristal poderosas forças ocultas trabalhando contra as obras na Arena da Baixada.
“Estão fazendo a caveira do Clube Atlético Paranaense” – alerta Dona Flô, com um dossiê em mãos onde as forças ocultas tentam denegrir a nação rubro-negra: “A ordem é envenenar todas as fontes de financiamento que possam financiar o Clube Atlético Paranaense. A mandinga contra o Furacão é tanta, – garante Dona Flô – que estão tentando provar que em toda a sua história o Atlético sempre cresceu mamando nas tetas do governo”.
Neste dossiê nas mãos da Dona Flô, as forças ocultas mostram os cartolas do Atlético como os reis dos cambalachos: “Membros da velha oligarquia política – dizem aquelas forças ocultas -, que pelos atalhos palacianos ergueram metade da Arena numa solução manhosa: depois de muito rodar a bolsinha, a máfia do pó de arroz comprou a preço de banana o Parque Aquático, em São José dos Pinhais. E daquela galinha morta barganhada com o Governo do Estado caiu do céu a Arena da Baixada que agora insistem em terminar às custas do cofre da viúva”.
Está em curso uma insidiosa campanha de desmoralização, avisa a vidente da Sapolândia: “O time na Segunda Divisão é o que menos importa. Bem ou mal, o importante é ver os atleticanos chafurdando na lama”.
Segundo as forças ocultas, Mario Celso Petraglia vai lançar uma raspadinha para arrecadar o dinheiro das obras: se raspar e aparecer a frase ARENA NA COPA, vai na padaria mais próxima e troca o cupom por um sonho. E se o sonho acabar, leva uma fatia de cuque.