Como se dizia em meados do século passado, o eminente advogado Eduardo Rocha Virmond “está com o pé que é um leque”. Ou também podemos dizer que o celebrado ex-presidente da OAB-PR “está que é um serelepe” a comemorar os 75 anos da Academia Paranaense de Letras, instituição da qual é presidente.  

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Haja fôlego para os 40 imortais liderados por Virmond. Dentro do programa de comemorações da Academia, terça-feira foi aberta, no auditório da Secretaria de Cultura, a XVII Semana de História, com palestra do escritor e acadêmico Laurentino Gomes sobre a “Abdicação de D. Pedro I” (1831/180 anos). Ontem foi a vez da advogada Rogéria Dotti falar sobre a “Primeira Constituição Republicana” (1891/120 anos) e, encerrando a Semana, hoje às 18 horas o imortal Leo de Almeida Neves vai rememorar a “Crise política de 1961” (50 anos), a campanha pela Legalidade onde resistiu ao lado de Jango Goulart e Leonel Brizola.

Fôlego é o que não falta para Laurentino Gomes que, com sua palestra, está encerrando um dos últimos compromissos no Brasil. Agora com agenda internacional (acaba de voltar de uma conferência em Belize, na América Central, a convite do Itamaraty), o escritor prepara sua bagagem com mais de duzentos livros para passar um ano nos Estados Unidos. Vai morar na cidade chamada State College, sede da Penn State, forma carinhosa pela qual os americanos se referem à Universidade da Pennsylvania. É uma cidade universitária com 30.000 habitantes, a maioria professores e estudantes, situada a quatro horas de carro da Filadélfia (capital da Pennsylvania) e a duas horas e meia de Nova York. A Pennsylvania, curiosamente, foi o palco dos acontecimentos mais importantes da independência dos Estados Unidos, em 1776. Laurentino está tão solicitado que, para mergulhar no seu próximo livro sobre a Proclamação da República (1889), só mesmo na tranquilidade de uma universidade americana.  

Para marcar a data dos 75 anos da Academia, na próxima segunda-feira, dia 26, outras cinco palestras no mesmo auditório terão como tema “Paraná, uma História e seus Atores”. Para não perder o fôlego de imortal, o “serelepe” Eduardo Rocha Virmond se exercita levantando enciclopédias na bem fornida biblioteca de sua casa.

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