Fim do baile de máscaras

Jaguara, o Animador de Velórios dos Campos Gerais, está todo pimpão: recebeu do Palácio do Planalto o honroso convite para comparecer à posse da presidente Dilma Rousseff. Cerimônia para anunciar fim do baile de máscaras, pelo que se deduz das ações da Polícia Federal.

No aguardo, entre um guardamento e outro nos Campos Gerais do Paraná, Jaguara garimpa novas piadas para o evento. Aquelas já conhecidas ele descarta, mas separa com carinho os últimos chistes de jornalistas, os famigerados Cavaleiros do Apocalipse a soldo da grande imprensa.
Um jornalista está com estresse. Seu analista sugere que ele tire uns dias e vá se ocupar de coisas bem simples. Ele resolve então ir para uma fazenda trabalhar como peão. Como primeiro trabalho, o fazendeiro o manda jogar esterco num campo, imaginando que o jornalista irá levar o dia inteiro. Uma hora depois ele volta para o fazendeiro dizendo que está terminado. O fazendeiro vai verificar e o serviço foi concluído eficientemente.

Ele dá então outra tarefa: separar batatas em três montes: o primeiro com as grandes, o segundo com as médias e o terceiro com as pequenas. De noite, o jornalista não aparece. No dia seguinte ele não vai almoçar. O fazendeiro vai saber o que aconteceu. O jornalista está na frente das batatas, com apenas três batatas separadas.

– Não entendo! – espanta-se o fazendeiro. O senhor cuidou do esterco em uma hora e não consegue separar as batatas em três montes?
– É que… espalhar merda é comigo mesmo – respondeu o jornalista, para justificar porque faz parte da imprensa marrom.

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Do velho repertório, o Animador de Velórios dos Campos Gerais só vai repetir aquela do eclipse. Uma história muito antiga e muito atual do que acontece com o PT, os ministros e a base governista:

Nos tempos em que Dona Dilma estava presa num dos quartéis da ditadura, o capitão chamou o 1º sargento e lhe disse:

– Amanhã haverá eclipse do Sol, o que não acontece todos os dias. Mande formar a companhia às 7 horas, em uniforme de instrução. Todos poderão, assim, observar o fenômeno enquanto dou explicações. Se chover, nada se poderá ver e os homens formarão no alojamento para a chamada.
O 1º sargento chamou o 2º sargento e repassou as instruções:

– Por ordem do senhor capitão haverá eclipse do Sol amanhã. O capitão dará explicações às 7 horas, o que acontece todos os dias. Se chover, não haverá lá fora a chamada. O eclipse será no alojamento.

O 2º sargento, por sua vez, ordenou ao cabo:

– Amanhã às 7 horas vem ao quartel um eclipse do Sol, em uniforme de passeio. O capitão dará no alojamento as explicações, se não chover, o que não acontece todos os dias.

Do cabo, aos soldados:

– Atenção! Amanhã às 7 horas o capitão vai fazer um eclipse do Sol com uniforme de passeio e dará explicações. Vocês estarão formados no alojamento, o que não acontece todos os dias. Caso chova não haverá chamada.

Entre os soldados ficou assim:

– O cabo disse que amanhã o Sol, em uniforme de passeio, vai dar eclipse para o capitão, que lhe pedirá explicações. A coisa é capaz de dar uma encrenca, dessas que acontecem todos os dias. Deus queira que chova!

Segundo o Jaguara, os personagens dessa anedota eram os seguintes:

– O capitão era o manda chuva Gilberto Carvalho; o 1º sargento era a ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann; o 2º sargento era a trêfega Ideli Salvatti; o cabo era o deputado cassado André Vargas; e a soldadesca é aquela militância petista velha de guerra!