Curitiba, cidade Babel, será a sede da Conferência Internacional de Cidades Inovadoras, que acontece nos dias 7,8 e 9 de maio na Universidade Positivo. Em sua terceira edição, o evento reunirá especialistas do mundo inteiro para trocar figurinhas sobre o tema “Soluções Inovadoras para Cidade do Século XX”.

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Inovação, criatividade e empreendedorismo estão na pauta desse fórum que escolheu justamente Curitiba – uma cidade mundialmente conhecida por suas soluções urbanas inovadoras – para realizar um balcão de ideias com o objetivo de estimular os cidadãos a apresentar suas próprias propostas para as cidades onde vivem.

E novas ideias é que não faltam em Curitiba. Como se sabe, sete entre dez curitibanos são arquitetos urbanistas. Os restantes são contistas, poetas ou advogados. Impressionante, como abundam advogados nessa cidade.

Partindo do princípio de que uma rua é muita cara para ser dedicada exclusivamente ao automóvel – segundo um velha teoria de Jaime Lerner -, o fotógrafo Maringas Maciel, por exemplo, teve a ideia de fechar a rua Marechal Deodoro aos domingos. Bem lembrou o atento fotógrafo das ruas da cidade: “Os Garibaldis e Sacis e o desfile das Escolas de Samba na Marechal Deodoro, durante 4 finais de semana seguidos, serviram pra mostrar que fechar a Marechal Deodoro para os carros e liberar para as pessoas, não atrapalha em nada o trânsito da cidade: alô, prefeito Gustavo Fruet; alô, Sérgio Póvoa Pires(presidente do Ippuc), que tal liberar a Marechal Deodoro até a Avenida Marechal Floriano todos os domingos para as pessoas se divertirem?”.

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Um Banco de Ideias para a cidade não é nenhuma novidade. Curitiba, como não podia deixar de ser, já realizou isso durante algum tempo, quando o então prefeito costumava reunir um punhado de pessoas, de várias extrações, para sugerir novas propostas para a cidade. Paralelamente, a prefeitura também convocou a população através de anúncios nos meios de comunicação para fazer a mesa coisa, depositando suas ideias numa urna, mas depois de tanto tempo não lembro se daquele baú sobrou alguma coisa. Lembro que uma das minhas sugestões seria fechar e plantar grama nas ruas com quase nenhum movimento dos bairros, criando em frente às casas das pessoas pequenos parquinhos de vizinhança – em menor escala, nos moldes do Jardim Ambiental da Itupava. 

De qualquer forma, essa Conferência Internacional de Cidades Inovadoras chega em boa hora. Talvez às vésperas da Copa do Mundo os curitibanos descubram o que fazer com o Viaduto Estaiado na Avenida das Torres. Desde já, a minha sugestão: assim como São José dos Pinhais tem seu portal de entrada (aquele redondão na altura da Boneca do Iguaçu), Curitiba pode fazer do Viaduto (estaiado) Jérôme Valke o seu portal de boas vindas às novas e providenciais ideias de que tanto estamos precisando.

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