Falou e disse

Na carta de demissão entregue ao Palácio do Planalto, o turista ministerial Pedro Novais exigiu que constasse a palavra “dever”. Suas últimas palavras à presidente Dilma Roussef foram: “Cumpro o dever de pedir-lhe minha exoneração do cargo de Ministro de Estado do Turismo”. Com esse epitáfio na tumba, o ministro que foi sem quase nunca ter sido formulou uma frase de fundo patriótico para maquiar a sua lambuzada biografia.

Ministro vai, ministro vem, novamente caiu no colo da Dilma o abacaxi de escolher entre os pacóvios, pascácios e outros néscios do PMDB outro nome para o Ministério do Turismo. E vira e mexe, não deu outra: o governo teve que engolir com farinha um tal de Gastão Vieira, mais um apadrinhado do Sarney. 

Antes de acontecer alguma tragédia, não são muitas as frases preferidas dos desastrados: “Corte o fio vermelho, eu tenho certeza!”; “Pode subir que aguenta mais um!”; “O que acontece se eu apertar este botão?; “Vou acender um fósforo!; “Não toque em nada!”; “Esse vai passar perto!”; “Deixa comigo!”; “Não puxe o pino!”; “É uma cirurgia simples!”; “Você não é homem para fazer isso!”; “Ahhh! O que não mata, engorda!”; “Este avião está descendo muito rápido!”; “Agora só falta um!”; “Buraco? Que buraco?”; “Atchim!” (dentro do armário); “Vai que dá!”; “Por aí não, por aqui é bem mais rápido!; “Não se preocupe, eu sei nadar”; “Posso ver uma luz no final do túnel se aproximando rapidamente!”; “Ou vai ou racha!”; “Relaxa!”; “Fique calmo, vai acabar tudo bem!”; “Não vem vindo carro não, pode ir!”; Não é nada disso que você está pensando, a gente pode explicar tudo!”; “Atira! Atira! Quero ver se você é homem!”; ” Tudo bem, mulher, eu deixo você dirigir!”; “O quê? Essa não é a torcida do Corinthians?”.

Não se sabe quanto tempo vai durar esse novo ministro da família Sarney, mas já se especula quais serão suas últimas palavras. Os mais otimistas apostam que alguém vai bater na sua porta e o exonerado vai responder:

– Tem gente! Mas já terminei!