Mais um emocionante capítulo da novela “O calvário do Metrô”. Depois dos personagens entrarem em conflito quanto à técnica construtiva da obra – entre o buraco do tatu e a toca da onça – eis que agora o novo projeto do metrô perdeu cinco estações. De uma extensão total de 22 quilômetros, entre a Cidade Industrial e o bairro Santa Cândida, nada mais nada menos do que seis estações sumiram do mapa.

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Ninguém sabe, ninguém viu, mas com certeza essas estações do metrô não foram para o bolso do prefeito Gustavo Fruet ou da secretária de Finanças, Eleonora Fruet. Na família Fruet, as lições de honestidade com a coisa pública foram ensinadas desde o berço por dona Ivete e Maurício Fruet. Eleonora é a mais aplicada da família: controla os gastos da prefeitura com se estivesse fazendo suas próprias compras no supermercado. Além de levar a chave do cofre para casa, nos fins de semana.

Até ficar pronto, provavelmente muitas estações do metrô ainda vão desaparecer nos subterrâneos da administração pública, como se viu na construção do metrô de São Paulo. Obra dos mensaleiros tucanos. Sempre foi assim, sempre será, ou não estamos no Brasil.

O que preocupa é quanto ao nome das futuras estações do metrô, todas já batizadas conforme a localização. Por exemplo, as cinco estações eliminadas do projeto: Estação Santa Regina (no Pinheirinho); Estação Morretes (Portão); Estação Santa Catarina (Água Verde); Estação Juvevê; Estação Holanda (entre Cabral e Boa Vista); Estação Cidadania (antes de Santa Cândida).

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Precisamos ficar de olho vivo. Dependendo da Câmara Municipal de Curitiba, todas as futuras estações do calvário devem receber nomes de figurinhas e figurões de interesse dos senhores vereadores. Assim como fazem com os nomes de ruas, praças e jardinetes. Se coincidir com os nebulosos interesses da Assembleia Legislativa do Paraná, não vai faltar deputado para fazer com que uma das estações do metrô se chame “Estação Fábio Camargo”. Pelos antecedentes, tudo é possível.