Equação do fracasso

Se servir de consolo e lição aos fracassados nas urnas, saibam que existe uma equação para se prevenir da Lei de Murphy, a teoria segundo a qual “se alguma coisa pode dar errado, isso vai acontecer”.

Todos analistas políticos afirmam que vence uma eleição quem errar menos. Especialmente em Curitiba, onde os institutos de pesquisa são os que mais erram. Para não dar um tiro no próprio pé, até o mais teimoso dos otimistas deve render-se à evidência de que a Lei de Murphy não só existe, como está pronta para acontecer a qualquer momento. Isto está demonstrado, com certeza matemática, nesta fórmula elaborada para servir de antídoto ao fracasso.

((U+C+I) x (10-H)) / 20 x E x 1/ (1- sem (F/10))

Esta equação da Lei de Murphy, amplamente verificada por meios experimentais, é uma fórmula que permite prever a ocorrência de sinistros graves e quando eles vão acontecer. E põe em evidência, além disso, um componente até agora quase sempre negligenciado: os acontecimentos não somente irão mal, mas acontecerão no momento mais inoportuno.

As variáveis a se levar em conta, para se prevenir contra os nefastos efeitos da infalível regra, são cinco:

U está para Urgência; C para Complexidade; I para Importância; H para Habilidade; F para Frequência.

Para cada uma, é preciso estabelecer um valor entre 0 e 9. Uma sexta variável “E para Exasperação”, foi definida em 0,7. Com as contas feitas, obtém-se um coeficiente de probabilidade entre 0 e 8,6: quanto mais alto é este valor, mais o fracasso está para acontecer. Ou o fracasso está pronto para agir, ou tem maior chance de ocorrer.

Para reduzir os efeitos da Lei de Murphy, é preciso trabalhar os elementos da equação. Portanto, se não se possuem as habilidades para fazer qualquer coisa de importante, melhor deixar para lá. Se uma coisa é urgente ou complexa, é preciso encontrar um modo simples de ser feita. Traduzido para termos práticos, é muito provável que se derrube uma bebida sobre a própria camiseta, antes de um encontro, porque, na urgência de decidir que roupa vestir, a pessoa não se concentra sobre o ato de beber.

Longe de ser apenas ficção científica (traduzimos do jornal italiano La Repubblica), a teoria pode servir de orientação ao eleitor. Antes de escolher o prefeito, aplique nos candidatos a equação da Lei de Murphy. É tiro e queda.