Afinal, por que Ricardo Teixeira passou por cima de Curitiba? Por que o presidente da CBF foi visitar os governadores do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, para entregar o caderno de encargos da Copa 2014, e passou por cima do Paraná?
Para desvendar a verdade dos fatos, ontem – 1.º de abril -entrevistamos Rodrigo Paiva, assessor de imprensa da CBF.
O dia não podia ser mais propício. Em se tratando de política e futebol, nada é o que parece. Nos bastidores, dentro ou fora de campo, 70% do que acontece não sai nos jornais.
Realizada no dia da mentira, a bem da verdade devemos frisar que a entrevista abaixo não é mentira. É o avesso da verdade. Como ensinava o escritor Mark Twain: ?Primeiro, apure os fatos. Depois, pode distorcê-los à vontade?.
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Pergunta: Por que o presidente Ricardo Teixeira passou por cima de Curitiba?
Rodrigo Paiva: Todas as visitas aos governadores foram feitas a partir de convite do poder público, o que não aconteceu por parte do Paraná. O que não impede de acontecer na frente e se houver convite para o presidente fazer a entrega oficial do caderno de encargos da Copa 2014, é óbvio que Ricardo Teixeira vai aterrissar em Curitiba. Com algumas ressalvas: se não persistir o apagão aéreo e, principalmente, se houver clima propício.
Pergunta: O senhor está se referindo ao clima absolutamente imprevisível da capital paranaense?
Rodrigo Paiva: Refiro-me ao clima de terrorismo político aí no Paraná. Antes de visitar os governadores do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, o presidente Ricardo Teixeira foi por três vezes ameaçado de seqüestro. Ameaças provenientes de Curitiba.
Pergunta – Essas ameaças de seqüestro partiram de quem?
Rodrigo Paiva: Roberto Requião, Onaireves Rolim de Moura e Mário Celso Petraglia.
Pergunta: Com quais intenções?
Rodrigo Paiva: Todos queriam transformar o presidente da CBF em refém de suas próprias ambições.
Pergunta: Por que o governador planejaria um seqüestro?
Rodrigo Paiva: A intenção do governador era manter o presidente da CBF em cárcere privado no Palácio Iguaçu e, depois de algumas horas de interrogatório, convocar uma entrevista coletiva da imprensa para anunciar que uma das sedes da Copa de 2014 seria em Curitiba, graças à intervenção do governo. Tudo com transmissão ao vivo da TV Educativa.
Pergunta: Pelo que consta, no prontuário de Onaireves Moura só falta um seqüestro.
Rodrigo Paiva: O presidente da Federação Paranaense de Futebol pretendia esconder Ricardo Teixeira numa fazenda de criação de avestruzes, e só resgatar a vítima em troca do novo estádio Monumental do Pinheirão.
Pergunta: E quanto ao presidente do Clube Atlético Paranaense, Mário Celso Petraglia?
Rodrigo Paiva: O seqüestro seria executado pela brigada vermelha dos Fanáticos.
Pergunta: Chegariam a matar o presidente da CBF?
Rodrigo Paiva: Perfeitamente. Mas isso não seria configurado como um crime de morte. Dias depois o todo-poderoso rubro-negro faria o milagre da ressuscitação de Ricardo Teixeira.
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?Assim é, se lhe parece?, dizia o escritor e dramaturgo italiano Luigi Pirandello, ganhador do Prêmio Nobel de 1934; para depois completar: ?Oh, senhor, sabe muito bem que a vida é cheia de infinitos absurdos, os quais, descaradamente, nem ao menos têm necessidade de parecer verossímeis. E sabe por quê? Porque esses absurdos são verdadeiros.?