Na reportagem de capa da edição de domingo passado, a Gazeta do Povo mostra a Curitiba que muitos desconhecem. Segundo a reportagem de Rosana Félix, apenas 15 cartões-postais da cidade foram visitados por mais de 70% dos moradores da capital. Os principais são a Rua XV, o Jardim Botânico e o Parque Barigui. A falta de tempo e a insegurança são os principais argumentos para não visitar tais locais. Mas os hábitos da população também colaboram, porque ficar em casa é o programa preferido dos curitibanos.

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A pesquisa só não citou o shopping como um programa obrigatório e ainda não revelou quais são as maiores bizarrices de Curitiba.Quando foi realizada pela internet uma sondagem internacional para escolher as 7 Maravilhas do Mundo, em 2007, houve quem atribuísse à patriotice dos brasileiros a grande votação do Cristo Redentor, pois teriam ficado de fora a Acrópole de Atenas, a Torre Eiffel, o Kremlin, a Estátua da Liberdade e a Capela Sistina. Muitos até ousaram afirmar que a estátua do Cristo Redentor seria uma das maravilhas bizarras dos cariocas.

Em Curitiba não temos um Cristo para nos proteger no alto da velha torre da Telepar, mas não nos faltam maravilhosas bizarrices, segundo uma antiga sondagem feita pela internet. Seriam elas: o Homem Nu da Praça 19, vulgo João Cachorro, escultura de Erbo Stenzel; as duas meias pracinhas do Batel; o Terminal Guadalupe, na zona portuária de Curitiba; a Rua Cruz Machado, de cabo a rabo a zona boêmia; a Igreja Batista ao lado do Castelo do Batel, eternamente em obras; a Estátua da Liberdade da Havan. A primeira delas foi erguida na loja matriz, em Brusque (SC) e hoje é uma epidemia no Sul do Brasil; a estátua do Papa João Paulo II, no Bosque do Papa; o Rio Belém, categoria “trash” literal; o mural da artista plástica Marília Kranz na fachada do prédio da prefeitura; o edifício giratório redondo e emperrado no alto do Barigui; pelo conjunto da obra, os restaurantes de Santa Felicidade mereceriam o Prêmio Ruínas de Pompeia em gesso; a Linha Verde com seus congestionamentos monstros; e o “Cavalo Babão” na Praça Garibaldi.

Inaugurado pelo ex-prefeito Rafael Greca, o Cavalo Babão do artista curitibano Ricardo Tod foi colocado em frente à Igreja do Rosário em memória dos colonos que levavam seus cavalos para beber água na região. Quando soube que a obra tinha sido indicada como uma das 7 Maravilhas bizarras de Curitiba, Rafael Greca comentou: “Prefiro não entrar no mérito do julgamento, já que assim são os grandes artistas: conseguem irritar a mediocridade até depois de mortos”.

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