(Diário de Roma)

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Um prato típico da tradicional mesa romana é “Carciofi alla Giudia”. Ou “Alcachofra à Moda Judia”. E o bairro ideal para a degustação desse pequeno grande prato, especialmente depois de uma caminhada, é no Trastevere, o antigo “Gueto” judeu de Roma.

No novo filme de Woody Allen, “To Rome with Love”, as mais bonitas cenas se passam no Trastevere, onde o humor hebraico-novaiorquino do cineasta encontra um cenário verossímil para uma das melhores frases do roteirista: “A vida não dá satisfação nem para o rico poderoso, nem para o pobre miserável. Mas é melhor ser o primeiro”.

Para pobres ou ricos, é no Trastevere que nasceu e ainda se mantém viva a tradição da cozinha hebraico-romana Koscher. O “Carciofi alla Giudia” é crocante e vem servido quente: assim como o humor de Woody Allen, é uma verdadeira especialidade judaica.

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Na origem, os judeus preparavam a alcachofra de forma simples e saborosa especialmente para o Kippur. Depois de 24 horas em jejum, os judeus em geral comiam alcachofras, por esse motivo chamadas de “à Judia”.

Eis a receita simplificada: retire as folhas externas e duras das alcachofras e encurte o caule. Em seguida, remova todas as partes duras, cortando as alcachofras com um movimento em espiral, de trás para cima. Mergulhe-as em água com suco de limão, por 10 minutos. Escorra, seque, tempere o interior das alcachofras com sal e pimenta, depois mergulhe-as em óleo bem quente. Frite por cerca de um minuto e sirva as alcachofras bem quentes.

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Em Curitiba, coração de alcachofra tem o iluminador de teatro Beto Bruel (mais tenro, não há). Com a atriz Regina Bastos, sua mulher, recebe os amigos com “Carciofi alla São Luiz do Purunã”.