Copa da vadiagem

São poucos os feriados nacionais no Brasil: Ano Novo, Carnaval, Páscoa, Tiradentes, Dia do Trabalho, Corpus Christi, 7 de Setembro, Dia de Nossa Senhora Aparecida, Finados, Proclamação da República e Natal. Mesmo anexando à lista os feriados locais, como o próximo aniversário de Curitiba, que vai cair numa terça-feira, são poucos, são muito poucos os feriados no Brasil, diz um grupo organizado de mandriões que lidera uma cruzada nacional para criar o Dia do Vadio.

Este movimento de desocupados, cuja sede é Principado do Ócio de Porto de Cima, em Morretes, está justamente comemorando a Lei Geral da Copa que autoriza o governo federal, estados e municípios a decretar feriado em dia de quaisquer jogos da Copa de 2014 no Brasil.

Segundo um porta-voz do Principado do Ócio, este projeto de lei é uma grande conquista para inserir o Dia do Vadio no calendário de feriados nacionais. No manifesto onde se proclama o Dia do Vadio, está escrito: “O Dia do Vadio nada mais é que uma invenção de quem fica inventando coisas pra vadiar ainda mais. Para nós, vadio não é o aposentado, o que não faz nada, ou o que não precisa fazer nada. Vadio é o cara que trabalha obrigado, mas que é vadio. Afinal, o gostoso não é ter nada pra fazer e depois ainda descansar. O gostoso mesmo é ter que trabalhar, ter uma obrigação para cumprir e decidir não fazer por uma razão: vadiar”.

Vadio não é trambiqueiro, esclarecem os ociosos por vocação, é aquela pessoa que realmente não gosta de trabalhar, apesar de até poder estar no batente, como muitos aposentados da Assembleia.

A data escolhida para mais este feriado nacional não foi adotada ao acaso. Será comemorada sempre no dia 2 de maio, dia seguinte ao Dia do Trabalho. Também deve ser estabelecido que o santo padroeiro do vadio é São Nunca. Assim, no calendário de 2014 teremos o Dia do Vadio, o Dia do São Nunca e os feriados da Copa. Se o Brasil não ganhar na bola, teremos grandes possibilidades de levar a Taça da Vadiagem.