No clima de eleição do Boteco Bohemia, que vai escolher a melhor comida de boteco de Curitiba, esta coluna vai eleger os vinte melhores acepipes de todos os tempos em Curitiba. Com água na boca, temos a seguinte pergunta ao leitorado: quais os melhores petiscos da história de Curitiba, e onde eram servidos?

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Nos primórdios, quando se amarrava cachorro com lingüiça feita em casa, os acepipes eram comumente degustados em alegres passeios dominicais no Passeio Público, acompanhados de cerveja artesanal gelada em cubos de gelo dentro de tinas com cepilho de madeira. Dos mais tradicionais petiscos, e ainda hoje servido nas excursões ao mar, a ?galinha assada com farofa? concorria em predileção com uma ?fritada de sabiás?, ?rolinhas ao forno?, ou ?rã à milanesa?. Para paladares mais exigentes, consta que um manjar muito apreciado era uma ?paca assada com recheio de beija-flores?.

Destes petiscos da natureza, pacas e tatus estão quase extintos. As cutias também. E no Passeio Público restaram os ambientalistas mastigando bolinhos de arroz.

Hoje, Curitiba ao norte acaba no Bar do Edmundo, ao sul vai até o Bar dos Passarinhos, a oeste percorremos Santa Felicidade e a leste o paladar alcança os ?bolinhos de pirão?, em Paranaguá.

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Antes de passar em revista o cardápio da memória, solicitamos de um reduzido colégio eleitoral algumas sugestões de acepipes que poderiam constar no rol dos 20 melhores de todos os tempos, e convidamos o estimado leitor a enviar também a sua lista de candidatos (dante@oestadodoparana.com.br). Na semana que vem divulgaremos os premiados, tendo como critério os mais citados.

Pela ordem de lembrança, para citar alguns: do saudoso Bar Cometa, o até hoje insuperável sanduíche Pérola, mais o pernil com queijo derretido / Carne de onça do Onha, no velho Embaixador / As insuperáveis empadas do Caruso / Pernil com verde do Bar Triângulo / Bolinho de arroz do Pasquale / Testículos de touro do Stuart / Mandioquinha com bacon do Tortuga / Camarão abraçadinho do Bar do Arthur / Hambúrguer do Tipiti Dog / Buchinho à milanesa do Edmundo / Sanduíche Idi Amin, do Kappelle / Coxinha de rã do Rei do Siri / X-picanha do Waldo / Arenque do Hummel Hummel / Filé em tiras do Bife Sujo / Bolinho de carne do Torto / Coxinha do Bar Pudim / Colorido do Bar do Alemão / Sopa de bucho do Gato Preto / Pastel de camarão com catupiry, da Pastelaria do Charlie / Rollmops no Nick Havana / Manjubas fritas do antigo bar Cinelândia.

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APERITIVO – No próximo dia 23, quinta-feira, estaremos comemorando no Bar ao Distinto Cavalheiro a segunda edição, revista e ampliada, do Botecário – o dicionário internacional de boteco. Será um aperitivo para a Banda polaca – Humor do imigrante no Brasil Meridional, meu próximo livro, que será lançado no dia 26 de setembro, na Casa Romário Martins, Largo da Ordem.