Assim como no Brasil, conversando com os motoristas de táxi é que se sabe das coisas. Pelo que dizem, o resultado da decisão do Campeonato Espanhol nesse sábado é imprevisível, com um fio de cabelo em favor do Atlético de Madrid. Mesmo os torcedores do Barcelona reconhecem que o time do brasileiro Diego Costa, pela bela temporada que realizou, merece levar o título da Liga.

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O problema do FC Barcelona, diz o taxista, é que seus principais craques não estão voltados para o Camp Nou. Estão, isto sim, com a cabeça no Maracanã. Principalmente Messi, Cristiano Ronaldo, Diego Costa e Neymar, os quatro já estão até ensaiando novas coreografias para comemorar os gols na grande final do Rio de Janeiro.

Se Messi está com a cabeça na seleção argentina, Neymar ainda está de corpo e alma em Santos, pois parece que ainda não se aclimatou com Barcelona. Pelo que dizem os observadores, para ele se sentir em casa ainda precisa preencher alguns requisitos de adoção. Um deles é possuir um retrato autografado na galeria de famosos do Botafumeiro, um dos clássicos restaurantes de frutos do mar da Catalunha, onde dois imensos posters de Ronaldinho Gaúcho, no corredor de entrada, comprovam sua imbatível popularidade na vida noturna de Barcelona.   

Outro requisito foi lembrado pelo jornalista Lucas Duarte, no bate bola de ontem aqui na coluna. Para Neymar se sentir em casa, como se o Camp Nou fosse uma Vila Belmiro, “falta ter uma longa sequência de jogos do mais alto nível. Decidir jogos sozinho, consagrar os companheiros com assistências, marcar gols de placa a cada mês. Ou seja, fazer o que Messi e Cristiano Ronaldo fazem há muito tempo”.

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Mesmo com a cabeça no Brasil e a chuteira no Maracanã, Neymar não precisa de muito esforço para se sentir o Príncipe de Barcelona, o segundo da linha sucessória ao trono. Basta levantar a cabeça e seguir em frente, pois na primeira esquina vai encontrar o seu retrato em tamanho gigante, como está na foto.