(Diário de Roma)

continua após a publicidade

Orgulhosos de seu extenso sistema de fornecimento de água, os romanos dos idos tempos do império comparavam todos os seus enormes e funcionais aquedutos com as pirâmides ou com as as obras famosas, porém inúteis, dos gregos. Com razão, pois boa parte da água dos aquedutos era usada para manter os banheiros públicos limpos, estabelecendo um fluxo direto entre os dutos de água e o sistema de esgoto, e também com o Rio Tibre.

Assim como o os aquedutos garantiam o fornecimento gratuito de água potável – que hoje nos restaurantes os italianos pedem como ” acqua dal sindaco” (água do prefeito), as boas condições sanitárias de Roma eram esseguradas pelo sistema chamado “Cloaca Máxima”. Construída nos primórdios de Roma, a “Cloaca Máxima” continua, até certo ponto, em operação até hoje.

No século IV d.C., Roma tinha 144 latrinas (latrinae) públicas. Hoje os turistas não sabem quantas estão ainda funcionando, porque – assim como em outras grandes cidades – o preço de um humilde xixi equivale ao preço de um café expresso. E a linguagem é sempre a mesma, seja de um chinês ou de um inglês em apuros:

continua após a publicidade

– Vorrei uno espresso e dov’è il bagno, prego? (gostaria de um expresso e onde é o banheiro, por favor?).

Sendo uma cidade de primeiro mundo, conforme nos jactamos, Curitiba também tem seus probemas de banheiro público. Tanto que, presume-se, querem proibir cerveja na Copa do Mundo porque na hora do aperto vai faltar mictório pra tantos cervejeiros. Mas esta milenar questão de como “tirar água do joelho” está sendo discutida pelos nossos. Se vão resolver a questão não se sabe, o que se sabe é que, pela fedentina, a Câmara Municipal de Curitiba tirou o posto da Assembleia Legislativa e já pode ser considerada a “Cloaca Máxima” do Paraná.

continua após a publicidade