Neste fim de semana, Curitiba presta suas homenagens e celebra o sucesso de duas gerações de artistas visuais. Neste sábado, os admiradores e amigos têm encontro marcado com o artista plástico Luiz Carlos Rettamozzo – ícone de pelo menos duas gerações que acompanharam a metamorfose urbana de Curitiba e que, desde a o início da década de 1970, vêm fazendo a sua parte para tornar a cidade cada vez cosmopolita e arejada culturalmente.

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Gaúcho espaçoso, não há espaço criativo onde o multimídia não tenha se abancado. Publicitário, foi o criador da logomarca do Grupo Positivo, aquela mão positiva nas pastas colegiais que se transformou num cartão de visitas das mocinhas e mocinhos da cidade. Parceiro de Paulo Leminski – em músicas, prosas e versos -, Rettamozzo está se recuperando de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Já em casa se refazendo do susto, os amigos estão organizando um bazar neste sábado (31), na Galeria 42 do Shopping Novo Batel, para vender desenhos, gravuras, pinturas, ideias, coisas, livros e cópias assinadas de trabalhos atuais e históricos. Os recursos arrecadados serão destinados ao tratamento que deve ser “longo e caro”.

Na manhã de domingo os mesmos artistas que no sábado vão emprestar solidariedade a Rettamozzo se reúnem no Paço da Liberdade (Praça Generoso Marques) para celebrar o centésimo encontro dos Croquis Urbanos-Curitiba, grupo que se reúne toda manhã de domingo para desenhar e pintar a cidade.
A história dos Croquis Urbanos começou em 2013, justamente no Paço da Liberdade, quando os designers Lia Monica e José Marconi se juntaram ao arquiteto Reinoldo Klein para desenhar o prédio do Paço Municipal. Daí em diante (seguindo os passos do Urban Sketches, movimento internacional criado pelo jornalista e ilustrador espanhol Gabriel Campanario), estava formado o trio que iniciou, da forma mais despretensiosa possível, um dos movimentos artísticos mais importantes deste início de século em Curitiba. Se não for o mais importante, é o mais atuante e agregador, considerando que o grupo é aberto a todos e, sem cobrar taxas ou inscrições, não depende do mecenato público.

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