Que a Nossa Senhora Czestochowa nos livre, mas insistem em fazer do Bosque do Papa o parque do assombro. A primeira assombração foi a estátua de João Paulo II, que de tão assustadora foi escondida das crianças. Agora, para o assombro dos frequentadores, pintaram de branco uma das casas polacas. No Ippuc, a decisão de caiar a madeira original dividiu a opinião dos arquitetos. Segundo os especialistas em restauração, a pintura protege contra o frio e, dizem, até os colonos polacos faziam o mesmo.

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O conjunto de casas coloniais foi montado na sequência da visita do Papa João Paulo II, em julho de 1980. No Bosque do Papa fica o Memorial da Imigração Polonesa, composto de sete casas de troncos encaixados, sem pregos, oriundas das antigas colônias Tomás Coelho (Araucária) e Muricy (São José dos Pinhais). As casas recriam as tradições dos poloneses que começaram a chegar a Curitiba em 1871.

A casa caiada, a primeira casa implantada no bosque, à direita de quem entra pela rua Mateus Leme, pertenceu à família Pianowski e veio da Colônia Tomás Coelho. Abriga a Capela dedicada a Nossa Senhora Czestochowa, a Virgem Negra padroeira da Polônia, e relembra a saudação ao Papa, com pão e sal, no Estádio Couto Pereira, no domingo, 5 de julho de 1980.

Os especialistas do Ippuc podem estar cobertos de razão. Entretanto, há controvérsias. O pessoal da secretaria do Meio Ambiente, por exemplo, nem foi avisado da assombração. Agora só nos resta pedir a proteção de Nossa Senhora Czestochowa antes de entrar no Bosque do Papa.

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