Da Suíça, recebo mensagem do roteirista Paulo Esteche relatando o andamento do filme Suíços brasileiros uma história esquecida, produção paranaense que está sendo realizada no cantão de Schaffhausen. Da vereadora Julieta Reis, uma boa notícia para a família e amigos de Nireu Teixeira.

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Os desterrados

Amigo Dante. Obrigado pela publicação da matéria sobre os Suíços brasileiros uma história esquecida. Demos entrevista coletiva à imprensa de Schaffhausen nesta quinta-feira. As gravações aqui tiveram uma repercussão surpreendente. Schaffhausen é uma das regiões históricas mais importantes da Suíça, para onde o imperador Carlos Magno estendeu seu território. No lugar onde gravamos, Schleitheime, há ruínas de banheiras construídas pelos romanos. O local está protegido por um barracão com mais de 2.000 metros quadrados.

Digo isso para evidenciar a importância que o povo helvético dá à história e à cultura, o que justifica tanto “assédio” ao filme. Schaffhausen, com seus castelos medievais (um deles habitado por Jung, numa encosta ao lado das cataratas do Reno; por sinal, a única queda do Reno), igrejas em estilo gótico, o Monet, uma imponente fortaleza construído pelos romanos para proteger a cidade tudo nesta moderna e encantadora capital respira cultura.

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Os moradores da região de Schleitheime, incluindo atores de Schaffhausen, dizem que, com as gravações, eles estão vendo sua própria história sob uma nova ótica. Pois estão reproduzindo e vivenciando a história.

Num país onde a pobreza cai dia após dia, onde o maior índice de imigrantes é de alemães (uma nação, digamos, não muito pobre), um filme que fala de miséria e tem a iniciativa de brasileiros realmente é contrastante. Nossa expectativa é saber se teremos a mesma repercussão/receptividade aí no Brasil.

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Também acredito que estamos revisitando nossa própria história. Como você bem disse em seu texto, são paranaenses que estão à frente de trabalho. Quando fiz o roteiro, ao terminá-lo, percebi que estava oferecendo elementos para um interessante questionamento acerca do Império de d. Pedro II. Literaturas recentes a esse respeito (o Império) buscam uma vertente mais cômica.

O nosso docudrama, tendo a Júpiter Filmes à frente, produtora genuinamente paranaense, traz uma leitura política de um período do qual pouco tratamos com profundidade. É a oportunidade que temos de entender como o Brasil participou da formação do Grande Império Germânico, através do príncipe de Joinville e da coadjuvante dona Francisca, irmã de Pedro II. E, principalmente, a colonização de seu território com imigrantes europeus. Seu texto é preciso quando faz emergir esse aspecto.

O “branqueamento” da população, as tratativas comerciais e colonizadoras entre representantes do Império Brasileiro, de Hamburgo (grande centro comercial alemão da época), o príncipe de Joinville e a aristocracia suíça são focos objetivos do docudrama, tendo como enredo a emigração da “Família Meyer”.

No Brasil, vamos filmar a sequência dessa história, mostrando como os suíços contribuíram para formar a maior cidade de Santa Catarina, Joinville. É uma chance que temos, também, de mostrar as belezas naturais desta porção brasileira para seis milhões de telespectadores em todo o mundo. Essa é a nossa estimativa de audiência, conforme cartas de intenção já assinadasácom emissoras da Europa e do Brasil.

(Fraternalmente, Paulo Esteche)

Lei n.º 13.150

A vereadora Julieta Reis nos informa do seguinte despacho do prefeito Beto Richa: a Câmara Municipal de Curitiba, capital do Estado do Paraná, aprovou e eu, prefeito municipal, sanciono a seguinte lei:

Art. 1.º Fica denominado de Jornalista Nireu José Teixeira um dos logradouros públicos da capital ainda não nomonado.

Art. 2.º Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio 29 de Março, em 9 de abril de 2009.