O príncipe Bertrand de Orleans e Bragança esteve esta semana em Curitiba. Ganhou uma abotoadura, um abraço da imortal professora Clotilde Germiniani e perguntou aos monarquistas em torno, segundo Reinaldo Bessa: “Se alguém tiver que escolher um nome para sua loja e as opções forem ‘princesinha’ ou ‘filhinha da primeira-dama’, qual delas você acha que será a escolhida?”.

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Nem uma coisa nem outra, devia ter observado o sempre arguto Reinaldo Bessa: nestes tempos emergentes, se alguém tiver que escolher um nome para sua loja, de duas uma: seria “filhinha do papai” ou então, com maior probabilidade, uma versão qualquer em inglês.

Mas tem razão o príncipe Bertrand quando observou ao colunista que o interesse em torno do casamento de seu contraparente William, herdeiro do trono britânico, e Kate Middleton é uma prova da sedução que a monarquia exerce nas pessoas mundo afora.

Mundo afora e mundo adentro, especialmente em Jacarezinho, onde o príncipe Bertrand passou grande parte de sua infância e da juventude. Aliás, duas cidades do Paraná deviam trocar de nome entre si: Jacarezinho devia se chamar Realeza e vice versa. Afinal, era em Jacarezinho que a Família Real brasileira mantinha suas fazendas de café. De qualquer forma, Jacarezinho nunca deixou de ser uma terra de príncipes quando se trata de seus belos e talentosos filhos: lá também nasceram a boazuda Grazi Massafera e o pintor Rogério Dias. Além do próprio Reinaldo Bessa, orgulho do Norte Velho.

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A passagem do príncipe Bertrand de Orleans e Bragança por Curitiba, justamente na véspera do enlace real (ou do casório, como se diz em Jacarezinho), suscitou entre os monarquistas locais uma importante “question”: se fosse proclamada a monarquia no Paraná, quem seriam os príncipes e princesas?

Quais seriam as “armas e os barões assinalados, que da Ocidental praia Lusitana, por mares nunca dantes navegados, passaram ainda além da Taprobana, em perigos e guerras esforçados, mais do que prometia a força humana, e entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram?”. 

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Se consultar os tantos volumes da “Genealogia Paranaense”, de Francisco Negrão, e nem mesmo o “Dicionário Histórico e Biográfico do Estado do Paraná”, dentro da atual nobiliarquia podemos fazer uma nominata da realeza paranaense. Começando pelo barão Joel Malucelli, passando pelo duque João Elísio Ferraz de Campos, o conde Salomão Soifer, até chegarmos ao ápice do poder: Sua Majestade Beto Richa e o seu príncipe herdeiro Luciano Ducci.

É grande a corte e são muitos os sobrenomes que podem ir para o trono. Muitos nomes são discutíveis, mas apenas um faz por merecer o título de Bobo da Corte: Roberto Requião.