Aos governantes, de graça

É preciso mudar o repertório. Sem riso e nenhum siso diante das próprias mazelas, os governantes costumam baixar o traulito na imprensa. Traulito, cacete, pau, tanto faz. Pena que as costumeiras diatribes estejam perdendo o viço, por repetitivas. Se permitem Suas Excelências, temos a lhes oferecer algumas piadas de jornalistas que devem fazer o maior sucesso nos próximos pronunciamentos. Não são gracinhas novas, algumas são até adaptadas, foram recolhidas pelos coleguinhas da turma do Ancelmo Góis, e me concedo a licença de transmitir a quem quer que seja o histrião.

Um jornalista está com estresse. Seu analista sugere que ele tire uns dias e vá se ocupar de coisas bem simples. Ele resolve, então, ir para uma fazenda trabalhar como peão.

Como primeiro trabalho, o fazendeiro o manda jogar esterco num campo, imaginando que o jornalista irá levar o dia inteiro. Uma hora depois ele volta para o fazendeiro dizendo que está terminado. O fazendeiro vai verificar e o serviço foi concluído eficientemente.

Ele dá, então, outra tarefa: separar batatas em três montes: o primeiro, com as grandes; o segundo, com as médias e o terceiro, com as pequenas.

De noite, o jornalista não aparece. No dia seguinte, ele não vai almoçar. O fazendeiro vai saber o que aconteceu. O jornalista está na frente das batatas, com apenas três batatas separadas.

– Não entendo! – espanta-se o fazendeiro – O senhor cuidou do esterco em uma hora e não consegue separar as batatas em três montes?

É que… espalhar merda é comigo mesmo.

O jornalista é sempre muito criterioso. Separa o joio do trigo. E fica com o joio.

Um repórter de rock é um jornalista que não sabe escrever, entrevistando gente que não sabe falar, para pessoas que não sabem ler.

Um analista político é alguém sem ética o suficiente para ser um advogado, sem prática o suficiente para ser um teólogo e pedante o suficiente para ser um economista.

Dois jornalistas embarcaram em um vôo em Seattle. Um deles sentou-se à janela, o outro no assento do meio. Um pouco antes da decolagem, um economista sentou-se no assento do corredor, próximo aos coleguinhas. Tirou os sapatos, mexeu os dedos dos pés e estava se ajeitando, quando o jornalista na janela disse:

– Acho que vou levantar e pegar uma Coca.

– Sem problemas eu pego pra você – disse o economista.

Ele foi e um dos jornalistas pegou o sapato do economista e cuspiu dentro dele.

Quando ele voltou com a Coca, o outro jornalista disse:

– Parece boa, acho que vou querer uma também.

Novamente, o economista foi gentilmente buscar, e o outro jornalista pegou o outro sapato do economista e cuspiu dentro.

O economista retornou com a Coca e todos se sentaram, os jornalistas bebendo seus refrigerantes e o economista apreciando o vôo.

Quando o avião estava pousando, o economista calçou de volta seus sapatos e logo descobriu o que havia acontecido. Irritado, disse:

– Até quando isto vai durar, esta briga entre as nossas profissões? Este ódio? Esta animosidade? Estes cuspes nos sapatos e mijos dentro de Coca-Colas?

Um jornalista, um filósofo, um biólogo e um arquiteto estavam discutindo sobre qual seria a verdadeira profissão de Deus. O filósofo disse:

– Bem, acima de tudo, Deus é um filósofo, porque ele criou os princípios nos quais o homem vive.

– Ridículo – disse o biólogo. – Antes disso, Deus criou o homem e a mulher e todas as coisas vivas, de maneira inquestionável, portanto Deus é biólogo.

– Errado – complementou o arquiteto. – Antes de criar os seres vivos, Deus criou o céu e a terra. Antes da terra só havia confusão e caos.

– Pois é – falou o jornalista. – De onde vocês acham que veio o caos?

Qual é a maneira mais prática de um jornalista se suicidar?

Saltando de cima do próprio ego!

Qual é a semelhança entre um jornalista humilde e o Super-Homem?

Nenhum dos dois existe.

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