Jaguara, o Animador de Velórios dos Campos Gerais, tem recebido jornalistas do Brasil para falar sobre o caso do falecido engenheiro Luiz Felippe Dias de Andrade Monteiro, motivo de uma briga judicial entre suas três filhas. A mais nova delas, Lígia Monteiro, decidiu congelar o pai em uma funerária carioca, alegando que este era o desejo de Monteiro, e já conseguiu autorização da Justiça para levar o pai aos EUA, onde ele será embalsamado pelo Cryonics Institute, uma empresa especializada em criogenia (preservação do corpo por congelamento para possível futura ressurreição). Por orientação do instituto, o corpo do militar está preservado em um caixão de zinco resfriado com 20 kg de gelo-seco, substituídos diariamente. A filha tem gastos diários de quase R$ 900, cerca de R$ 27 mil por mês.

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Especialista no assunto, o Animador de Velórios dos Campos Gerais acha que o defunto congelado até pode ressuscitar daqui a cem anos. Porém todo o dinheiro gasto com a criogenia irá por água abaixo – garante o Jaguara -, simplesmente porque o falecido irá pedir para morrer outra vez, sabendo que durante aqueles cem anos de gelo-seco nada haveria mudado no Brasil. Como sempre, o gigante adormecido em berço esplêndido continuará na sua criogenia eterna.

Na visão do Jaguara, assim que despertar no Cryonics Institute, o brasileiro descongelado irá perguntar aos bisnetos como estão as coisas no Brasil:

– Continua tudo do mesmo jeito! – eles irão responder.

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– Como assim?

– Sabe quem é o novo presidente da República?

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– Não me diga que é o neto do Lula?  

– Não, é o bisneto do Paulo Maluf.

– Huumm… e quem é o vice-presidente?

– O bisneto do Lula!

– Meu Deus! Quero voltar pra geladeira!

Jaguara está propenso a fundar o Cryonics Institute dos Campos Gerais. Com tecnologia diferente, ele explica: “O defunto será conservado na cachaça, pois já são muitos os casos de comprovado sucesso. E se não der certo, pelo menos não se joga fora o líquido”.