Adeus, batucada!

Diz no jornal, o prefeito Luciano Ducci e o eleito Gustavo Fruet se reuniram na manhã de ontem para iniciar o processo de transição e, principalmente, trocar suas figurinhas sobre o futuro do metrô.

Assim é se lhe parece. Nos bastidores, o ti-ti-ti no Ducci/Fruet foi o projeto de lei que coloca o “Réveillon Fora de Época” no calendário oficial do Paraná, de autoria do deputado estadual Reinhold Stephanes Júnior, com a previsão de um novo espaço para a folia. Anteriormente realizado na Praça Espanha (no Batel Soho, bairro imaginário que copia Nova York), de acordo com o texto do projeto o evento deve mudar “para um espaço onde todos possam festejar com segurança”, sempre no segundo sábado após a Quarta-Feira de Cinzas.

Informa a Rádio Corredor 29 de Março que as autoridades constituídas respiraram aliviadas com o enquadramento do “Réveillon Fora de Época”, pois só mesmo dentro da lei e da ordem é possível acabar com demonstrações de júbilo incontido nas ruas de Curitiba.

Para o jornalista Luigi Poniwass, especialista em baladas da Gazeta do Povo, enfim uma boa notícia: “Aquela pataquada hipster do tal “Réveillon Fora de Época’ da Praça da Espanha vai acabar. Está prestes a ser aprovado como “evento oficial do estado’, conforme o projeto do deputado Reinhold Stephanes Júnior. Mas a festa deverá ser em outro local, já que a Praça da Espanha não comporta um público superior a 25 mil pessoas, como aconteceu este ano. Portanto, se virar uma festa “oficial’ e em outro lugar, esse “Réveillon” acaba. E já vai tarde”.

Devidamente institucionalizado e apto a receber incentivos das leis de mecenato e outras verbas públicas, o “Réveillon Fora de Época” terá o triste destino do falecido Rei Momo curitibano, visto pela última vez na avenida ao lado do jornalista Luiz Geraldo Mazza, atrás de um trio elétrico que o então prefeito Jaime Lerner havia importado da Bahia. Estavam eles tentando engrenar alguma animação, quando o Rei Momo de Curitiba pegou Luiz Geraldo Mazza pelo braço e falou ao ouvido do encabulado:

– Mazza, será que não vai pegar mal nós dois aqui, atrás dessa batucada?