Como se diz atualmente na Argentina, “yo no creo em brujas… pero que Cristina Kirchner es una bruja, yo creo!”. Ainda mais com o figurino que a viúva negra escolheu para dar um beijo em Francisco, o que causou arrepios até nas bocas de Buenos Aires. Com aquele modelito tétrico, Cristina poderia perfeitamente disputar com Anjelica Houston (a Mortícia da família Addams) o papel de Joana, a primeira e única mulher papa.

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É uma história de cinema. Conforme está no livro “A vida sexual dos papas”, de Nigel Cawthorne, Joana teria sido uma mulher muito inteligente para o seu tempo que, disfarçada de monge, pavimentou com sua oratória  o caminho até a posição de cardeal. Quando Leão IV morreu, Joana foi escolhida papa e por dois anos e meio sentou no trono de São Pedro. Durante o papado, seu capelão a engravidou e, em uma procissão solene, entrou em trabalho de parto diante do povo. Como castigo pela indecência, a primeira papisa teria sido amarrada no rabo de um cavalo e arrastada pelas ruas de Roma até morrer.

Essa é uma das versões sobre o papa Joana. Em outra versão, ela teria sido desmascarada ao dar à luz enquanto cavalgava por uma rua estreita entre o Coliseu e a igreja de São Clemente. Ela teria morrido de parto e enterrada no local. Desde então, jamais um papa passou por aquela viela. Muito tempo depois surgiu uma estátua naquele local, mostrando uma mulher em vestes papais, amamentando uma criança. A obra foi removida na época do alargamento da rua, mas ainda existe uma imagem semelhante nos jardins do Vaticano.

Diz a crença popular que depois do papa Joana ter chegado ao trono de São Pedro,a Guarda Suíça nunca mais dormiu em serviço. Dizem os historiadores que, depois do papa Joana, os cardeais criaram o costume de checar o sexo do eleito através de um buraco no assento do trono. Isso era feito também para se certificar se o papa não seria castrado. A “cadeira certificadora” era aberta em baixo e, de acordo com os costumes, cabia ao diácono mais jovem apalpar o aparelho genital de Sua Santidade.

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Após a confirmação, o “clérigo certificador” gritava em voz alta:

– Ele tem testículos!

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E todos os outros clérigos presentes replicavam:

– Deus seja louvado!

No Teatro Real de Londres, em 1680, foi apresentada uma versão diferente do teste. Como seria inadequado um religioso tocar nas genitais de Sua Santidade, escalaram uma madre para conferir a genitália papal.

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Voltando ao elenco de uma superprodução sobre a vida do papa Joana, Cristina Kirchner ficaria “muy bien” no papel da “madre certificadora”. Ou não?