100 coisas que você precisa fazer em Curitiba – II

Adeus ano velho, feliz ano novo, que tudo se realize no ano que vai nascer. Muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender. E que o futuro seja generoso com a cidade. (Parte 2)

(17) Tenho vontade de subir naquele pedestal da Boca Maldita e deitar falação, como  se estivesse naquele célebre parque londrino onde a palavra é livre, mas, por ser um curitibano nato, típico e assumido, nunca transformarei a intenção em ato. (Helio de Freitas Puglielli, professor e jornalista) (18) Uma coisa Deus vai fazer em Curitiba, se lhe sobrar tempo: praia! (Rafael Belli, arquiteto) (19) Participar do movimento “bicicletada” e exigir ciclofaixas. (Ângelo Volpi, cartorário) (20) Sobrevoar de helicóptero, demoradamente, toda a cidade. (21) Andar com o professor de história Carlos Balhana e ele dar uma aula sobre os lugares históricos da cidade. (Eloi Zanetti, escritor e publicitário) (22) Fazer piquenique na praça, com toalha xadrez e cesta de vime recheada de “coisas de comer com a mão” mais um bom vinho. (Maí Nascimento Mendonça, jornalista) (23) Andar de bondinho na rua Riachuelo e ver toda aquela região restaurada e iluminada. (Tiomkin, cineasta) (24) Apostar na “corrida de transeuntes da Boca Maldita”, direto da sacada do Bar Getúlio, no Hotel Braz, na Boca Maldita. Funciona assim: os apostadores sentam-se na sacada e pedem chope. Depois, é preciso escolher um ponto de referência, que pode ser um poste ou um banco no calçadão. Então passa-se às apostas. (Sandro Moser, jornalista) (25) Visitar os amigos dos anos 70, porque muitos estão indo embora sem dizer adeus (Luiz Fernando Bond, jornalista e escritor no Rio de Janeiro). (26) Numa daquelas raras manhãs ensolaradas de outono, caminhar pelas alamedas (que não são de álamos, mas de tipas) da rua Fernando Amaro, no Alto da XV, encerrando-a na excelente biblioteca de obras em espanhol, aberta ao público, da escola de idiomas localizada em frente ao Museu do Expedicionário. (Aldo Votto, engenheiro) (27) Já fiz e recomendo: comer um pernil com verde ou um pão com vina e tomar um chope em pé (tem de ser em pé) no balcão do Cachorro, na XV. (28) Já fiz e quero fazer de novo assim que possível: assistir a show na Pedreira Paulo Leminski comendo pão com vina e tomando gasosa de gengibirra. (Luiz Claudio Oliveira, jornalista) (29) Subir a Rua XV a fazer o lúgubre inventário: aqui era o Cine Ritz, ali a Loja Clark, lá o Bar Paraná, lá na frente o Alvoradão, aqui na esquina o Banco de Londres, e assim por diante até o correio, velho, claro… (30) Ver os ipês amarelos à esquerda de quem entra na rodoferroviária, certamente o ipê mais florido e bonito do mundo, mundo, vasto mundo… (31) Urinar na travessa do mijo, atrás da Catedral… (32) Comer frango à passarinho e mineiro de bota no Bar Palácio, acolitados por Malzibier da Brahma… (33) Ouvir o Mazza imitar o Bento Munhoz da Rocha Netto e o Jamur Junior imitar o Ney Braga. (Carlos Alberto Pessoa, jornalista e escritor)