Sarney pede que Deus lhe dê mais anos de vida para carreira literária

Após abandonar a polícia, José Sarney, que já foi até presidente do Brasil, quer se dedicar à literatura. Membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), Sarney, que ocupa a cadeira 38, se ressente pela trajetória literária ter sido sobrepujada pela carreira pública e o pesar é ainda maior ao comentar a recepção dada aos seus romances. “Não leram e não gostaram dos meus livros”, desabafou o ex-senador à Folha de S. Paulo.

Trabalhando simultaneamente em duas obras, suas memórias e o texto ficcional  O Solar dos Tarquínios, Sarney pede a Deus mais alguns anos de vida para que possa terminar as duas empreitadas. O romance que escreve parece uma ironia: conta a história de uma família de ‘coronéis’  que se recusa a morrer – ou seja, controla para sempre a região em que vive. No entanto, depois de Roseana Sarney renunciar ao governo do Maranhão, em 2014, acabaram os 50 anos de política do clã.

O meio literário é sucinto quanto assunto são os méritos de Sarney. A melhor definição talvez tenha saído de Milôr Fernandes, que afirmou que as obras do maranhense seriam motivos para impeachment. Segundo o político, o que existe em relação ao “homem das letras” é pura má vontade.

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