A dica deste sábado é um pouco diferente, já que não recomendo um livro específico e sim uma autora. Sylvia Plath (1932-1963) teve uma vida curta, mas foi uma mulher de paixões intensas, tanto por seu marido, o poeta Ted Hughes (1930-1998), quanto pela literatura norte-americana – que ajudou a construir com seus livros, como o compêndio de poemas Ariel (1965) e o romance A Redoma de Vidro (1963), que ganha uma reedição brasileira este ano pela Biblioteca Azul.

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Plath sempre foi uma mulher frágil, seja pela sua “saúde mental”, quanto pela sua constituição física, pontos que ficaram evidentes em seus poemas e também em seus textos em prosa. O seu suicídio, ocorrido há exatos 51 anos, marca a morte da mulher Sylvia Plath, mas serve de alicerce para a construção da escritora, que havia ganhado notoriedade pouco antes de colocar sua cabeça no forno do fogão e ligar o gás.

Ler Sylvia Plath é conhecer a fundo a problemática da mulher moderna, dividida entre o marido, no caso dela, adúltero, e a sua própria carreira. Para investir na autora durante as férias, as obras que recomendo são as já citadas, Ariel e A Redoma de Vidro, justamente, por oferecer ao leitor as entranhas da autora, como se ela se despisse sem nenhum pudor em suas páginas escritas a fórceps.

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